O Rio Acre continua em elevação em todo o estado, registrando em dezembro uma cheia que não ocorria há mais de 50 anos, segundo a Defesa Civil estadual. Diante desse cenário, o governo do Estado atua de forma integrada com órgãos e instituições vinculados direta ou indiretamente à agenda ambiental e à proteção social, executando um plano de contingência com ações coordenadas para garantir a segurança das pessoas atingidas, reduzir riscos e assegurar assistência imediata às populações mais vulneráveis.
Para informar a população e fornecer subsídios às instituições sobre a cheia, incluindo dados de acolhimento, contatos emergenciais, níveis dos rios e índices de chuva, a Agência de Notícias do Acre passa, a partir deste domingo, 29, a divulgar diariamente o Boletim da Enchente. Os dados publicados poderão sofrer alterações ao longo do dia, em razão da rapidez com que o fenômeno evolui.
Nível dos rios
O Rio Acre na capital ultrapassou a cota de transbordo (14m) no sábado, 27. O Estado está em alerta e intensificou o monitoramento dos rios em todo o território acreano. Nesta segunda-feira, o manancial chegou a 15,36m.
Nível do Rio Acre e de seus principais afluentes, em metros, às 9h (29/12)
Aldeia dos Patos (declínio): 2,72 m
Assis Brasil (declínio): 4,12 m
Brasileia e Epitaciolândia (declínio): 5,18 m
Xapuri (declínio): 9,87 m
Capixaba (declínio): 10,85 m
Riozinho do Rola (elevação): 15,07 m
Rio Branco (elevação): 15,36 m
Porto Acre (declínio): 12,22 m
Sena Madureira (declínio): 13,26 m
Manoel Urbano (elevação): 11,34 m
Santa Rosa do Purus (elevação): 9,42 m
Porto Walter (elevação): 7,32 m
Cruzeiro do Sul (elevação): 7,81 m
Tarauacá (elevação): 10,05 m
Feijó (elevação): 12,08 m
Plácido de Castro (declínio): 12,27 m
Acolhimento
Elevação do Rio Acre acima da cota de transbordamento, com 4 abrigos ativos em Rio Branco, totalizando 46 famílias abrigadas.
Escola Álvaro Vieira da Rocha
- 14 famílias
- 51 pessoas
Escola Anice Dib Jatene
- 15 famílias
- 53 pessoas
Escola Maria Lúcia Moura Marin
- 11 famílias
- 35 pessoas
- Sendo:
- 8 crianças
- 2 adolescentes
- 25 adultos
Escola Leôncio de Carvalho (abrigo dos indígenas)
- 6 famílias
- 47 pessoas
Ações realizadas
- Visita ao abrigo;
- Monitoramento das famílias no abrigo;
- Informações repassadas à Diretoria de Vigilância em Saúde Municipal;
- Elaboração de comunicado de evento;
- Divulgação desse comunicado ao Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) estadual;
- Acompanhamento com a Secretaria de Assistência Social e Defesa Civil, quanto à entrada de novas famílias no abrigo e abertura de novos abrigos.
Volume de chuvas
Cruzeiro do Sul, Capixaba, Assis Brasil, Epitaciolândia, Xapuri, Porto Acre e Jordão também registraram volumes de chuva acima do esperado. Em Capixaba, por exemplo, a precipitação já ultrapassou o dobro da média prevista para dezembro, quando eram esperados 248 mm, mas o acumulado chegou a 548 mm.
Contatos emergenciais
Em caso de necessidade para retirada de famílias ou qualquer outra demanda, a população pode entrar em contato com o Corpo de Bombeiros por meio do 193 – canal principal para resgates, salvamentos e situações de risco à vida.
Há ainda o canal da Polícia Militar 190 – para auxílio em segurança pública e apoio logístico durante o período de cheia.
Órgão envolvidos
Com a coordenação da Casa Civil e a Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil (Comdec), diversos órgãos estão envolvidos, entre eles: Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH), Corpo de Bombeiros Militar do Acre (CBMAC), Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), Polícia Militar do Acre (PMAC), Departamento de Estradas de Rodagem e Infraestrutura Hidroviária e Aeroportuária do Acre (Deracre), Secretaria Extraordinária dos Povos Indígenas (Sepi), Secretaria de Educação e Cultura (SEE), Secretaria de Comunicação (Secom), Secretaria de Agricultura (Seagri), Serviço de Água e Esgoto do Acre (Saneacre) e Secretaria de Governo (Segov). Outras secretarias e autarquias também serão recrutadas, caso haja necessidade.
Cuidados com a rede elétrica
A Energisa orienta os clientes afetados pela cheia a não tentar consertar eventual falta de energia.
A empresa atua sempre em parceria com a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros para avaliar ou realizar o desligamento da energia, para evitar acidentes e garantir a segurança das equipes que estão atuando no resgate das famílias atingidas pelas águas, além da população.
A Energisa reforça que, ao identificar algum perigo com a rede elétrica, o cliente deve entrar em contato pelos canais de atendimento: aplicativo Energisa ON, Gisa (68) 99233-0341 ou Call Center 0800-647-7196.





