A enchente do Rio Acre já atinge mais de 80 mil pessoas no Acre, segundo levantamento da Defesa Civil Estadual. As nove cidades afetadas pelas águas desabrigam quase seis mil pessoas e desalojam mais de quatro mil.
De acordo com a medição da manhã desta sexta-feira, 27, Xapuri é a cidade que vive a situação mais crítica, com 18,28 metros, mais de cinco metros acima da cota de transbordamento, sendo a maior cheia já registrada na região.
O governo do Estado, em parceria com a prefeitura, montou 17 abrigos, que acolhem 400 pessoas, e outras 1.255 estão nas casas de parentes ou amigos. Hospital, igrejas, escolas e até a Estação de Tratamento de Água da cidade foram invadidos pelas águas.
Em Tarauacá, onde a situação era bem crítica, o nível do rio tem se normalizado, registrando nesta manhã 9,10 metros, abaixo da cota de transbordamento.
Em Brasileia, o Rio Acre continua apresentando vazante. “Lá a situação é preocupante, porque, apesar de não haver risco de nova enchente, a cidade está devastada, e o risco de doenças e desbarrancamento existe”, alerta o capitão Falcão, assessor de comunicação do Corpo de Bombeiros.
Na capital, o rio continua enchendo – 24 bairros já estão alagados e cerca de 35 mil pessoas foram atingidas. “A configuração atual dos nossos rios indica que o nível das águas deve continuar subindo. Avaliamos assim porque afluentes como o Riozinho do Rola estão em constante cheia, e a água que vem de Xapuri vai chegar aqui”, acrescentou Falcão.
