Rio Branco enfrenta a pior enchente de sua história. Durante esta terça-feira, 3, o nível do Rio Acre na capital acreana não parou de subir. Na medição realizada às 18 horas, o nível do manancial alcançou 18,22 metros. A medida representa 56 centímetros a mais que a maior enchente que se tinha registro, em 1997, quando o Rio Acre atingiu a cota de 17,66 metros.
Já são mais de 20 abrigos montados na capital acreana para garantir o socorro às famílias que estão sendo desabrigadas pelas águas do rio. Milhares de pessoas entre bombeiros, policiais militares, exército e voluntários trabalham dia e noite retirando as famílias dos bairros atingidos pela cheia. Já são quase oito mil pessoas nos abrigos montados pelo governo e prefeitura.
São 53 bairros cobertos pelas águas, mais de 24 mil edificações atingidas, com um total de 86.937 pessoas afetadas. Além disso, 32 áreas rurais tiveram a produção comprometida, o que pode representar R$ 52 milhões de prejuízo.
Toda a estrutura do governo do Estado está voltada para atender às vítimas da enchente. Mesmo assim, não tem sido suficiente para atender a demanda. E uma das principais carências são barcos, necessários para entrar nos bairros tomados pela água. Para resolver o problema, a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros estão alugando embarcações para ajudar no trabalho.
O governo do Estado anunciou, na tarde desta terça-feira, 3, uma série de medidas para tentar amenizar os problemas causados pela alagação histórica. Entre elas, a prorrogação do ponto facultativo para servidores públicos até a próxima sexta-feira, 6, a interdição da Quarta Ponte e a proibição de tráfego de veículos de passeio pelo centro da cidade.