Bioeconomia é tema de 24ª reunião do Fórum de Governadores da Amazônia Legal

Após um ano e sete meses, a reunião do Fórum de Governadores da Amazônia Legal foi realizada de maneira presencial. Com o avanço da vacinação e diminuição dos casos de Covid-19, o 24° encontro ocorreu em Belém, capital do Pará, nesta segunda-feira, 18, e teve a bioeconomia e o contexto da agenda comum dos estados amazônicos como temática principal de debate entre os gestores dos oito estados que integram a região.

Além do governador do Acre, Gladson Cameli, participaram o governador do Pará e anfitrião da reunião, Helder Barbalho; o governador do Maranhão e atual presidente do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento da Amazônia Legal, Flávio Dino; do governador do Amapá, Waldez Góes; do governador do Amazonas, Wilson Lima; do governador de Roraima, Antônio Denarium; do vice-governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa; do vice-governador de Mato Grosso, Otaviano Pivetta; entre outras autoridades.

Oferecer soluções sustentáveis, que conciliem práticas econômicas sem prejudicar o meio ambiente é o principal foco da bioeconomia. Neste cenário, a Amazônia se destaca a nível mundial por suas potencialidades. Durante os debates, os governadores puderam expor suas ideias e objetivos em prol do desenvolvimento socioeconômico da população.

Realizada em Belém do Pará, reunião do Fórum de Governadores da Amazônia Legal tratou sobre bioeconomia Foto: Diego Gurgel/Secom

Em sua fala, o governador Gladson Cameli pontuou os avanços alcançados em sua administração referente à proteção do meio ambiente. O gestor citou também que é possível lucrar com com a floresta em pé, como é o caso da compensação pelas emissões de gás carbono na atmosfera, que é apontado como o principal responsável pela elevação da temperatura global nas últimas décadas.

“Aqueles que adquirirem os nossos créditos de carbono terão a garantia do nosso governo de salvaguardarmos o meio ambiente do Acre. Com esse recurso, promoveremos uma distribuição de renda mais justa aos trabalhadores do campo, aos extrativistas, aos ribeirinhos e aos nossos indígenas”, explicou.

Cameli voltou a defender alternativas econômicas sustentáveis para que a região amazônica seja ainda próspera e cheia oportunidades para os seus mais de 23 milhões de habitantes. No caso específico do Acre, uma das apostas do governo está sendo o agronegócio, que vem apresentando números expressivos nos últimos anos.

“Nós, governadores da Amazônia, temos a responsabilidade de criarmos as melhores condições de vida para o povo que habita essa região. Temos que garantir o sustento para as famílias e gerarmos as condições sociais necessárias para que haja produção e emprego para toda essa gente. Ao mesmo tempo, temos a responsabilidade de preservarmos essa imensa floresta tropical que nos cerca e é uma dádiva, que recebemos do nosso criador”, disse.

Durante a reunião, o governador Gladson Cameli ressaltou a necessidade de preservar a floresta, mas, ao mesmo tempo, criar oportunidades sustentáveis para os mais de 23 milhões de habitantes da Amazônia Foto: Diego Gurgel/Secom

O governador Helder Barbalho falou sobre a realização do Fórum Mundial de Bioeconomia, que segue até a próxima quarta-feira, 20, em Belém, como uma conquista histórica para a Amazônia. O chefe de Estado paraense acredita muito no sucesso da região frente as novas oportunidades de negócios que estão surgindo.

“Neste momento, Belém está sendo a capital mundial da bioeconomia. Com isso, consolidamos o protagonismo dos estados da Amazônia na construção da bioeconomia, mas, também, reafirmar o compromisso com as pautas do desenvolvimento sustentável, de fiscalização, monitoramento e da agenda climática”, afirmou.

Já o governador do Amazonas demonstrou sua preocupação com o aumento do desmatamento ilegal, principalmente na região sul do estado. Wilson Lima falou sobre as ações do órgãos de fiscalização para combater essa prática ilícita, porém, falou que é preciso somar esforços para proteger a floresta amazônica.

“Sabemos que este trabalho não é fácil, por isso, temos que ter o alinhamento entre governo federal, governo estadual e governo municipal. O apoio de instituições e países interessados também também é muito importante para nos ajudar nesse processo de preservação”, argumentou.

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