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O governador Binho Marques lançou nesta quarta-feira, 6, o selo e o carimbo alusivos aos 100 anos de morte do herói da Revolução Acreana José Plácido de Castro. A cerimônia foi realizada no Teatro Hélio Melo e contou com as presenças de José Plácido Nogueira e Gabriel Parra, descendentes do coronel que liderou a campanha vitoriosa do Acre contra a Bolívia. Em seguida, Marques abriu, no Memorial dos Autonomistas, a exposição de cerca de 150 peças ligadas à Plácidos de Castro e à Revolução Acreana.
A esposa de José Nogueira, Dona Rosa, também esteve presente. Integrantes do Movimento Autonomista e autoridades do Acre participaram do ato.
Parte das peças da exposição foi emprestada pelo Museu Gaúcho da Força Expedicionário Brasileira de São Gabriel, no Rio Grande do Sul, terra natal de Plácido de Castro. São armas e equipamentos usados na Revolução ou pertences pessoais de Plácido, além de fotografias e documentos.
"O Acre é hoje um Estado próspero porque o povo tem boa memória", disse o governador, que recebeu das mãos de João D´ávila, diretor dos Correios no Acre, uma réplica do carimbo que será aplicado nas correspondências emitidas pelo Governo do Estado e na agência central dos Correios de Rio Branco durante um mês. A Casa da Moeda do Brasil produziu 3,7 mil selos. A estampa será lançada em nível nacional.
"O grande mérito de Plácido de Castro é ter tido coragem e disciplina de enfrentar uma situação muito difícil", disse José Plácido Nogueira, sobrinho-neto do herói da Revolução. Plácido nasceu e passou boa parte de sua vida no Rio Grande do Sul. Em 1899 deixou o Estado para tentar futuro melhor no norte do País. Existia no Acre, desde os tratados de 1750 {xtypo_quote_right}O Acre é hoje um Estado próspero porque o povo tem boa memória{/xtypo_quote_right}e 1777 uma questão territorial de limites com a Bolívia. Plácido de Castro estava demarcando o seringal Victoria, quando ficou sabendo pelos jornais, em 1901, que a Bolívia havia arrendado o Acre a uma companhia norte-americana, notícia que acirrou os ânimos entre bolivianos e brasileiros. Plácido viu nisso uma ameaça à integridade do Brasil. O governo boliviano enviou um contigente de 400 homens, comandados por Rosendo Rojas. Plácido venceu guarnições bolivianas em Empreza e Porto Alonso, onde se renderam o general Ibañes e seus soldados. O presidente da Bolívia, general José Manuel Pando, decide então acabar com a revolta e, no comando das tropas, vai ao ataque de Plácido, sem sucesso. Em 9 de agosto de 1908, Plácido de Castro caiu ferido numa emboscada liderada por Alexandrino José da Silva.
"Plácido de Castro é e permanentemente estará em nossa memória como um herói", completou Binho Marques na primeira noite de eventos oficiais em lembrança ao centenário do brutal assassinato do combatente. "Foi sua história que nos mobilizou e nos momentos mais difíceis do Acre", concluiu. A série de eventos é organizada pelo Governo do Acre em parceria com a Prefeitura de Rio Branco.
O nome de José Plácido de Castro está no Livro de Aço do Panteão dos Heróis da Pátria.