No programa Dois Dedos de Prosa desta segunda-feira, 12, o governador afirma: "O Acre tem experiências acontecendo para redução de gases do efeito estufa”
No programa de rádio Dois Dedos de Prosa desta segunda-feira, 12, o governador Binho Marques fez uma avaliação da participação do Acre nos dois encontros que esteve participando no exterior, onde levou o exemplo da política ambiental do Estado. O governador esteve primeiro na Califórnia, onde partipou de um importante vento que reuniu líderes do mundo inteiro, inclusive 30 governadores de diferentes países, para discutirem o tema das Mudanças Climáticas.Em Washington, Binho partocopou de várias reuniões com o Bando Mundial e ainda realizou uma palestra no Wilson Center para pesquisadores, estudantes e gestores de diferentes instituições.
Ouça o programa:
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"Os países precisam chegar a um acordo na redução de gazes do efeito estufa", avalia Marques, explicando que o que foi debatido durante o encontro em Washington será levado para o encontro em Copenhagen sobre o tema que vai acontecer no final do ano. "Oo Acre além de ser um estado florestal, que pode influenciar nas decisões do Presidente, já tem também experiências acumuladas acontecendo, o qual não existe de um modo geral".
Para o governador, o destaque do Acre é a sua experiência acumulada de mais de 30 anos, começando com a luta de Chico Mendes até hoje, contando ainda com 11 anos de Governo realizando uma Política Ambiental que coincide com o Desenvolvimento Econômico. "O povo do Acre preserva a floresta, mas esse povo precisa receber uma remuneração, é o que chamamos de Pagamento por Serviço Ambiental. O que eu fui discutir nos dois estados, foi exatamente isto, nós precisamos criar mecanismos para que os nossos produtores sejam remunerados, a floresta está preservada porque o povo do Acre decidiu fazer assim, mas essa floresta não é só boa para o Acre, ela é boa para o mundo, porque 20% dos gases de efeito estufa que vão para a atmosfera do planeta, são oriundos de queimadas, de floresta. Se o Acre está preservando sua floresta, se está ajudando a manter o clima mundial em taxas aceitáveis, o Acre precisa receber também ajuda para que isso aconteça", defende.
O Acre, segundo Binho, pode pressionar em uma decisão dos Presidentes, como também, demonstrar que é viável realizar a conservação da floresta de forma sustentável. Isso porque tem exemplos práticos de algumas ações que mostram como isso é possível. "O nosso programa Valorização do Ativo Ambiental é um grande exemplo a ser seguido, porque, utilizamos mais as áreas já desmatadas, intensificando o uso para evitar desmatamento, nós estamos fazendo manejo sustentado com produtos certificados, temos um sistema de monitoramento por satélite, que é o mais avançado do Brasil, e agora, estamos criando condições para que, os nossos produtores sejam pagos".
O Governo do Estado já paga hoje por serviço ambiental. "Através do Programa de valorização do ativo ambiental, o poder público estadual garante assistência técnica, ajuda na mecanização e ainda repassa R$ 600 por ano para famílias que se credenciam e que ajudam a conservar e recuperar sua área de reserva legal. "Isso ainda é pouco, nós queremos fazer mais, e fazer mais significa, ter apoio dos países que já desmataram no passado, e que agora, precisam da nossa floresta em pé. Se eles precisam, eles também têm que pagar por isso. Nesta viagem eu fui com este objetivo: conseguir recursos para melhorar a vida dos nossos produtores rurais".
A viagem em Washginton e Califórnia, resultou ainda em boas perspectivas de parcerias e apoios, como a que houve durante encontro com o Banco Mundial. "Eles se comprometeram em fazer doação de recurso para um programa que vai ser inovador, que vai resultar no carbono zero, ou seja, aquilo que for produzido de poluição vai ser compensado com políticas ambientais como: reflorestamento".
