Fruto do apoio de Tião Viana, Central de Articulação das Entidades de Saúde ganha reconhecimento oficial através de lei de Luiz Tchê
O governador Binho Marques sancionou nesta quinta-feira, 19, a lei que declara de utilidade pública a Central de Articulação das Entidades de Saúde (Cades), que reúne hoje 24 organizações ligadas à saúde no Acre. O projeto é de autoria do deputado Luiz Tchê, presidente da Comissão de Saúde da Assembléia Legislativa, que aprovou a lei. "Queremos chegar a 2010 com uma sociedade fortalecida. As organizações sociais de saúde têm papel importante para esse objetivo", disse o governador, fazendo reconhecimento ao trabalho da Cades. "E que agora é também reconhecido por toda a sociedade".
A Cades foi fundada em 19 de julho de 2003 a partir de ação do senador Tião Viana. Em maio de 2003, Viana reuniu-se com 18 representantes de organizações não governamentais atuantes na área de saúde na busca de criar a Cades, que se firmou como parceira dos órgãos governamentais e privados de defesa dos interesses coletivos e direitos à cidadania. Os objetivos gerais são a realização efetiva de atividades de prevenção e assistência à saúde visando a superação de eventuais dificuldades do acesso à saúde. As atividades da Cades não tiram a autonomia das associadas.
A Cades, conforme explicou a coordenadora da entidade, Verônica Loureiro, atua por meio da execução direta de projetos, programas ou planos de ações, da doação de recursos físicos, humanos e financeiros ou prestação de serviços intermediários de apoio a outras organizações sem fins lucrativos e a órgãos do setor público e privado que militam em áreas relacionadas. "A lei gera aproximação com a Cades. Se a gente fica próximo, tem como levar e resolver problemas", disse o deputado.
Além de Verônica Loureiro e Luiz Tchê estiveram presentes ao ato de sanção da lei representantes de organizações ligadas à Cades e o secretário de Estado da Saúde, Osvaldo Leal. "Precisamos da ajuda dessas organizações nas ações do Estado", disse Leal. A gestão é um dos temas do trabalho da Cades. Entre outros, a manutenção de quatro casas de passagem permitem apoio direto e gratuito aos pacientes acrianos que são levados para São Paulo ou Goiânia pelo programa de Tratamento Fora do Domicílio (TFD). Há outras duas casas em Rio Branco, que recebe pacientes vindos principalmente dos municípios de Cruzeiro do Sul, Feijó e Tarauacá. Em sua maioria, a casa de Goiânia presta apoio a portadores de problemas cardíacos e a de São Paulo, pacientes que precisam de transplante de fígado. Antes do Hospital do Câncer, a maioria dos que buscavam o TFD eram portadores dessa doença. A necessidade de deixar o Estado para tratamento caiu significativamente porque a grande maioria das formas de câncer pode ser cuidada em Rio Branco.
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