Governador esteve no BNDES, no Rio, e na Casa Civil, em Brasília, onde avaliou o andamento do Projeto Florestas Plantadas entregue em agosto ao Presidente Lula
O governador Binho Marques reuniu-se na quinta-feira, 18, com executivos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio de Janeiro, para apresentação dos projetos que visam captar R$ 60 milhões do Fundo Amazônico para investimentos em políticas de desenvolvimento sustentável no Acre, com ênfase na área de influência da BR 364, no trecho entre Sena Madureira e Cruzeiro do Sul. O projeto, que tem três anos para ser executado, será coordenado pelas secretarias do Meio Ambiente (Sema), de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof) e Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac). "Ele também fortalece a implementação do Zoneamento Ecológico-Econômico com a Política de Valorização do Ativo Ambiental Florestal", disse Marques.
O Fundo Amazônico é destinado a financiamentos não-reembolsáveis de ações que possam contribuir para a prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento da floresta, além de promover a conservação e o uso sustentável das florestas na Amazônia e é composto por doações internacionais. A partir dos projetos apresentados por Marques ao BNDES, o Acre poderá ter um centro de excelência e tratamento de imagens de satélite, com produção semelhante a do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). É possível que em 30 trinta dias o BNDES conclua esta etapa de análise dos projetos, chamada de fase prioritária, passando para a contratação dos recursos.
Florestas Plantadas – Acompanhado dos secretários Eufran Amaral (Meio Ambiente) e Gilberto Siqueira (Planejamento), Marques reuniu-se nesta sexta-feira em Brasília com a cúpula da Secretaria de Assuntos Federativos e da Casa Civil da Presidência da República para debater e avançar no Projeto Florestas Plantadas e Modernização do Extrativismo no Acre, apresentado pelo governador ao Presidente Lula no último dia 14 de agosto. Elaborado pelo governo do Acre, a iniciativa busca investir cerca de R$ 430 milhões na consolidação da economia florestal da região, aliando a recuperação de áreas alteradas, incentivando a industrialização, agregando valor e gerando postos de trabalho.
Os objetivos do projeto, conduzido em parceria com o Governo Federal, é fortalecer a base de suprimentos das indústrias, capacitar e formar recursos humanos, introduzir novas tecnologias e promover a certificação de produtos ecologicamente corretos para atender às exigências de mercado do século 21. Entre as metas do programa, está o de recuperar 60 mil hectares de áreas alteradas/degradadas com florestas de seringueira e outras com fins madeireiros, frutíferos e de energia – área equivalente ao desmatamento dos últimos dois anos; promover a implantação de 10 novos empreendimentos industriais; gerar aproximadamente 20 mil novos postos de trabalho na cadeia produtiva florestal; formar e capacitar cerca de dois mil gestores públicos, empresários, líderes comunitários, técnicos e extensionistas, entre outros; e consolidar uma Rede de serviços laboratoriais para certificação de produtos.