Maria Lenir Albuquerque é uma das oito pessoas da empresa contratada pelo governo do Estado para fornecer três alimentações diárias aos imigrantes instalados no abrigo em Brasileia. Aliás, para atender a grande a demanda, a própria empresária assume o papel de chefe de cozinha.
Maria conta que o cardápio preparado é uma adequação para a culinária haitiana, para atender os imigrantes que chegam diariamente às instalações que ficam em frente ao seu pequeno restaurante. “São 25 anos trabalhando no ramo da alimentação. Estou desde 2010 cozinhando para os haitianos. Para fazer a comida do gosto deles, trouxe uma cozinheira haitiana, que nos orientou no preparo”, afirma a empresária e chefe de cozinha.
Ações estruturais
Em um área com capacidade para 200 pessoas, o abrigo na cidade acolhe quase 1.300 imigrantes – um cálculo que não fecha. Antônio Torres, secretario de Desenvolvimento Social, anuncia a chegada de mais 150 colchões, sacos de lixo e materiais de limpeza. O Departamento Estadual de Pavimentação e Saneamento (Depasa) está garantindo água potável constantemente.
O secretário de Justiça e Direitos Humanos, Nilson Mourão, chega ao local e informa: “Vão ser construídos um balcão para lavagem de roupas, chuveiros para o banho e uma calçada para escoar toda essa água”. Ele não para – chama um técnico e pede para aterrar uma área que acumula água embaixo do bebedouro. “Pode jogar terra ali”, ordena.
Segundo o secretário, de 2010 até o hoje o governo do Estado já gastou mais de R$ 3 milhões com a situação dos imigrantes, que não param de chegar. O governo federal contribuiu com R$ 650 mil e 14 toneladas de alimentos, até dezembro de 2012.
Atualmente o Estado aguarda a liberação de mais R$ 270 mil, que são usados, entre outras coisas, para garantir o aluguel dos 30 banheiros químicos e as três alimentações diárias. São 2.600 marmitas (R$ 3,98 cada), 13 mil pães e cafés com leite (R$ 1,50) feitas e preparadas com zelo por Maria Lenir e sua equipe.
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