Belo Jardim

Ramais e alta produtividade agrícola melhoram qualidade de vida da comunidade

 

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Localizada numa das regiões mais produtivas do município de Rio Branco, a comunidade do Belo Jardim recebe obras de infra-estrutura que alavancam ainda mais o potencial agrícola e pecuário da região.  O Programa de Recuperação e Conservação de  Ramais, que está sendo executado numa parceria entre o Governo do Estado e a Prefeitura da capital, está mudando completamente a condição de acesso na rede de viciinais da região.  "Este é um  resultado do Pacto Agrário", disse Nilton Cosson, titular da Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof).

O Pacto Agrário é o compromisso institucional de se investir substancialmente no desenvolvimento rural do Acre, utilizando-se de recursos obtidos através de emendas parlamentares e convênios com órgãos federais, estaduais e municipais.

 Nos ramais estão sendo realizados serviços que vão garantir o tráfego durante todo o ano, de inverno a verão, como drenagem, bueiro e melhoria de pontes. No igarapé Liberdade, por exemplo, a ponte velha e pequena, a qual não suportava   a vazão de água durante o período de chuvas e acabava ficando encoberta pelo riacho, está sendo substituída por uma ponte de 45 metros de comprimento construída a uma altura que não será atingida mesmo na cheia mais severa.

A região possui trechos  inundáveis conhecidos como bacias de contribuição. Esses locais estão sendo aterrados e drenados para que se evite a alagação no leito do ramal. Empresas contratadas pelo Governo do Estado, através do Departamento Estadual de Estradas de Rodagem (Deracre) estão construindo obras de arte chamadas de alas, responsáveis pela contenção da terra encharcada e escoamento da água das bacias de contribuição.  "O trabalho que vem sendo feito está muito bom e ajuda a melhorar a situação dos colonos daqui", disse  o líder comunitário Raimundo Nonato Pereira de Souza.

Há um bom trecho de ramal, mais de 1 quilômetro, que foi asfaltado recentemente pela Prefeitura, proporcionando melhores condições de trânsito para os moradores do bairro e das comunidades rurais do Belo Jardim. 

O Deracre, conforme informou o presidente do órgão, Marcos Alexandre, mantém atualmente 24 frentes de trabalho em ramais de 18 municípios. Até a segunda semana de julho, mais de 1.000 quilômetros de vicinais e coletoras já tinham sido recuperados ou abertos pelas patrulhas mecanizadas contratadas pelo Deracre.  A meta é chegar até o final do ano com 4,5 mil quilômetros prontos para dar tráfego durante o ano todo ou grande parte dele.

Trânsito fácil – Nos ramais do Belo Jardim o ônibus coletivo trafega normalmente e em vários horários ao dia. E o que é melhor: "aqui também vale a integração dos ônibus. O passageiro chega no Terminal Urbano e não precisa pagar outra passagem para seguir viagem até outro bairro", explicou Mário Jorge Fadel, secretário de Agricultura de Rio Branco.

A relação entre qualidade do ramal e circulação de veículos, especialmente ônibus, é indiscutível: "se o ramal não estiver bom o ônibus não circula", observou o secretário.  Pelo menos 600 famílias vivem na região rural do Belo Jardim e boa parte delas se utiliza do coletivo para se locomover.

A malha de ramais de Rio Branco chega a 1,5 mil quilômetros. Atualmente, segundo Fadel a Prefeitura mantém frentes de trabalho em 500 quilômetros. A meta é chegar a 50% até o final do ano.

Comunidade se especializou em colorau e goma de macaxeira

A comunidade do Belo Jardim é especialista na produção de goma de macaxeira. O produto há anos gera trabalho e renda para as famílias. A região chegou a produzir 5.000 toneladas de macaxeira em 2007 e, devido ao status de alta produtividade, o Programa Estadual de Agroindústria está investindo numa nova fábrica de goma, unidade que está sendo praticamente pronta. Semanalmente são produzidas três toneladas de goma,  pelo menos.

O programa, conduzido pela Seaprof, também está implantando uma fábrica de colorau, corante alimentar à base de urucu. Cerca de 20 famílias estão diretamente envolvidas com a produção do corante, as quais obtém renda de R$1.000,00 mensais com o colorau. A produção semanal alcança quatro toneladas. Os colonos estão se unindo em uma cooperativa  e pretendem ter uma empacotadeira para fazer a comercialização direta.

"Há anos as famílias vem sendo incentivadas pelo Governo e a Prefeitura e a resposta está aqui. As pessoas estão melhorando de vida", afirmou o líder comunitário Auricélio de Souza Araújo.

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