Bebê com glaucoma congênito transferido via TFD recupera-se bem após cirurgia

Thomas está feliz e já passa mais tempo com os olhos abertos, segundo a mãe (Foto: Cedida)

Passados 10 dias da cirurgia a que foi submetido para tratar um glaucoma congênito, o bebê Thomas Oliveira, de apenas quatro meses, encontra-se em recuperação no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina do ABC, em São Paulo.

Segundo a mãe, Ketlin Araújo, já é possível perceber a melhora da criança, que antes ficava com os olhos fechados o tempo todo. “Ele está muito feliz e passa horas acordado querendo brincar. Antes da cirurgia, ele nem abria os olhos direito e só queria dormir, por causa da luz”, disse.

Thomas foi diagnosticado com a doença em dezembro de 2016. Ele foi transferido para Manaus, em 29 de dezembro, pelo Tratamento Fora de Domicílio (TFD), onde aguardou 15 dias pela cirurgia, que acabou não sendo realizada. Em 15 de janeiro, retornou para o Acre, e então foi encaminhado para São Paulo, onde o procedimento foi feito.

“Ele passou por uma série de exames, depois pela cirurgia e agora está evoluindo bem. O médico responsável disse que, visualmente, ele está melhorando, mas só vai poder dar uma resposta concreta daqui a dois meses, após a cirurgia cicatrizar. Se ele continuar respondendo bem ao tratamento, na próxima sexta (10), o médico vai dar alta para podermos voltar para casa e voltar só daqui dois meses”, informou Ketlin.

O bebê deve receber acompanhamento por um bom tempo. “O tratamento para essa doença é para a vida toda. Então, ele deve vir ao hospital aqui em São Paulo periodicamente”, finalizou a mãe.

A doença de Thomas é responsável por 20% dos casos de cegueira infantil. Quando não devidamente tratado ocasiona cegueira irreversível. O glaucoma congênito é hereditário e é caracterizado pelo aumento da pressão intraocular.

“Nós ficamos muito alegres em colaborar para o sucesso do tratamento do Thomas e esperamos que a cirurgia devolva a ele a saúde dos olhos. A equipe da Central de Regulação do Acre recebeu a solicitação de TFD e não mediu esforços para conseguir a vaga no hospital, que é referência no tratamento dessa doença”, disse o gerente do Complexo de Regulação da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), Moisés Viana.

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