Base Nacional Comum Curricular é tema  de encontros no Acre 

Os encontros serão realizados em todas as regiões do Estado esta semana (Foto: Celis Fabrícia)
Encontros serão realizados em todas as regiões do Estado esta semana (Foto: Celis Fabrícia)

Gestores, coordenadores de ensino e pedagógicos, professores, secretários municipais e equipes da Secretaria de Estado de Educação e Esporte (SEE) discutem o documento preliminar da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

“Esta é uma oportunidade única no país de nos manifestarmos sobre o currículo que acreditamos ser o melhor de praticar em sala de aula”, ressaltou Rúbia de Abreu Cavalcante, diretora da SEE.

Na terça-feira, 27, o debate foi realizado no auditório da SEE, em Rio Branco. Os encontros são realizados até quinta-feira, 29, em todas as regionais, congregando os 22 municípios acreanos.

Francisco Carneiro de Lima, gestor da Escola de Ensino Fundamental Edmundo Pinto, da cidade do Bujari, participou do encontro com seus coordenadores pedagógicos, de ensino e professores. “Temos que reunir toda a comunidade para contribuir com esse novo currículo para a educação do país“, enfatizou.

A iniciativa é a primeira mobilização no Acre para envolver as redes de ensino estadual, municipal e federal na discussão com toda a sociedade civil. É um momento em que gestores e professores conhecem o sistema de colaboração e podem dar sugestões para termos um currículo compatível com nossa realidade”, destacou Marlete Lopes, presidente da União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime/Acre).

O documento inicial da BNCC foi apresentado pelo Ministério da Educação (MEC) no dia 25 de setembro. Agora a fase é de construção do currículo comum. As contribuições de cada cidadão, escola ou instituição podem ser encaminhadas ao portal do MEC (basenacionalcomum.mec.gov.br) até o dia 15 de dezembro.

O que é a Base Nacional Comum Curricular?

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é uma proposta para unificar os conhecimentos essenciais aos quais todos os estudantes brasileiros têm o direito de ter acesso na educação básica, desde o ingresso na creche até o fin do ensino médio. O texto inicial foi elaborado por 116 especialistas de 35 universidades, sob a coordenação do MEC.

Este é o primeiro, de uma série de encontros, que serão realizados no Acre (Foto: Celis Fabrícia)
Este é o primeiro de uma série de encontros que serão realizados no Acre (Foto: Celis Fabrícia)

A base, como o próprio nome sugere, corresponde a uma parte do currículo. A BNCC (60%) é constituída pelos conhecimentos fundamentais aos quais todo estudante brasileiro deve ter acesso.

À proposta soma-se a Base Diversificada (40%), que é constituída não só da cultura  local, mas das escolhas de cada sistema educacional sobre as experiências e conhecimentos.

A Base não envolve apenas os conteúdos curriculares. As mudanças propostas e aprovadas no documento final irão influenciar também as práticas pedagógicas, a construção de novos materiais didáticos, a formação dos professores e todos os aspectos da educação básica.”É uma ampla discussão que começa hoje, levará um certo tempo, mas elevará o Brasil a outro patamar de educação”, concluiu Marco Brandão, titular da pasta.

Um base, muitos alicerces na construção

A Constituição Federal de 1988, no art. 210, já previa a construção da Base Nacional Comum. O artigo 26 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) também traz essa orientação.

O Plano Nacional de Educação (PNE), aprovado este ano, estabelece, em diversas estratégias, a construção de uma proposta de Direitos e Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento, coordenada pelo MEC, que deve ser encaminhada, até junho de 2016, para o Conselho Nacional de Educação (CNE).

 

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