O governador Tião Viana se reuniu na noite de quarta-feira, 9, na Casa Civil, com parte de sua equipe de governo e representantes do Banco Mundial para um balanço positivo de avanços sociais no Acre, além de debater como vencer os novos desafios. O momento também foi de consolidação do Banco Mundial como grande parceiro, que reconhece as conquistas do Estado e investe ainda mais no projeto de governo para beneficiar toda a sociedade.
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Acre é o Estado que mais diminuiu a mortalidade materna – 45% – e chegará à Meta do Milênio antes do resto do país
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“É uma conquista grande e consolidada com o Banco Mundial. Eles estão orgulhosos de nossos avanços na saúde, na qualidade de vida, no combate à pobreza e tantos outros índices positivos. Isso cria um ambiente de muita confiança e prosperidade no futuro do Acre”, disse o governador Tião Viana.
Durante a reunião, o responsável de saúde para o Banco Mundial no Acre, Fernando Lavadenz, afirmou que o Acre é o Estado que mais diminuiu a mortalidade materna – 45% – e chegará à Meta do Milênio antes do resto do país. As Metas do Milênio são oito objetivos estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) ao analisar os maiores problemas mundiais e devem ser alcançadas por todos os países até 2015. A mortalidade infantil também teve uma redução surpreendente, de 47,36% nos últimos doze anos, o que impressionou o banco.
Com a redução da mortalidade materna, a expectativa de vida da mulher no Acre também aumentou. E se em 2011 a porcentagem de partos normais foi de 51% em comparação a 49% de cesarianas, em 2012, após a implantação do Plano Vida, o número de cesarianas caiu para 28% e o de partos normais subiu para 72%. O número de nascidos vivos com baixo peso também caiu 48% de 2009 a 2012.
Segundo Lavadenz, as conquistas não estão apenas no campo da saúde. A economia acreana e a distribuição de renda também deram saltos qualitativos. “O Acre, mesmo sendo um Estado com o PIB [Produto Interno Bruto] pequeno, tem uma distribuição de renda per capita muito melhor que Estados de grande PIB, como o Rio de Janeiro e o Distrito Federal”, ressaltou Lavadenz, que elogiou a política de inclusão econômica e social realizada ao longo dos anos de governo.
Novos desafios
Além do reconhecimento aos programas de sucesso do governo, Fernando Lavadenz também apontou aqueles que o Banco Mundial considera novos desafios sociais acreanos e maneiras de superá-los. Entre eles estão o maior alcance da educação, a redução da gravidez na adolescência, a obesidade, a igualdade de oportunidades e o controle de doenças crônicas não transmissíveis.
Durante a apresentação, foram sugeridas algumas ideias de como essas questões podem ser abordadas, envolvendo principalmente uma interação maior entre educação e saúde, além de parcerias que estimulem novos projetos entre governo e prefeituras. O governador Tião Viana disse: “Vamos acolher com muita sensibilidade as propostas oferecidas aqui hoje e encarar todos esses desafios”.
O próprio Banco Mundial não só reconhece os avanços do Acre, como aumentou a linha de crédito do Estado para novos investimentos sociais. Segundo a gerente de projetos do Banco Mundial no Acre, Adriana Moreira, a experiência no Acre tem sido maravilhosa. “Em menos de quatro anos nossa carta de crédito aumentou em 400 milhões de dólares, porque acreditamos.”
Investimentos
O governo também realizou uma apresentação pontuada sobre os novos projetos e investimentos que serão realizados no Acre. Cada secretário de Estado presente mostrou como serão as ações de sua pasta. Para o saneamento básico, serão investidos R$ 120 milhões na criação de rede de água e esgoto, unidades de tratamento de resíduos sólidos, ligação de tubulações e outras ações que chegam a todos os municípios do Estado.
A saúde prepara um investimento de R$ 54 milhões. O Saúde Itinerante, que leva atendimentos médicos às comunidades mais isoladas, passará a ter atendimentos especializados em ginecologia e pediatria. Doze novas ambulâncias serão distribuídas no Estado, além do fortalecimento institucional.
Já a educação terá um investimento de R$ 50 milhões, principalmente nas comunidades rurais, e o fortalecimento da rede e projetos na educação urbana. Só escolas indígenas estão sendo feitas 77 novas, sendo que até o fim de 2011 existiam apenas 52 em todo o Estado.
A produção sustentável recebe um investimento de R$ 57 milhões para a criação de mais unidades produtivas, planos de desenvolvimento comunitário (PDC) e projetos de meio ambiente.
Os pequenos negócios ainda preparam investimentos de R$ 13 milhões para o Estado. O investimento contemplará a cadeia produtora do mel, extração, beneficiamento e comercialização de óleos, viveiro de café e o acompanhamento dos pequenos negócios já criados. E a Secretaria de Gestão Administrativa começa um investimento de R$ 6 milhões principalmente para o sistema de recursos humanos, além do fortalecimento da gestão estratégica.