Bairros de fronteira de Brasileia e Cobija apresentam surto de dengue

O Departamento de Vigilância em Saúde e o Núcleo de Mobilização Social da Secretaria de Estado de Saúde enviaram técnicos ao município para desencadearem medidas complementares de controle do surto (Foto: Assessoria Sesacre)
O Departamento de Vigilância em Saúde e o Núcleo de Mobilização Social da Secretaria de Estado de Saúde enviaram técnicos ao município para desencadearem medidas complementares de controle do surto (Foto: Assessoria Sesacre)
O Departamento de Vigilância em Saúde e o Núcleo de Mobilização Social da Secretaria de Estado de Saúde enviaram técnicos ao município para desencadearem medidas complementares de controle do surto (Foto: Assessoria Sesacre)

O Departamento de Vigilância em Saúde e o Núcleo de Mobilização Social da Secretaria de Estado de Saúde enviaram técnicos ao município para desencadearem medidas complementares de controle do surto (Foto: Assessoria Sesacre)

Os casos suspeitos de dengue nas semanas epidemiológicas de 43 a 45 (que correspondem ao período entre o dia 25 de outubro a 15 de novembro) aumentaram em quase 300% em cinco bairros da região de fronteira em Brasileia. O mesmo fenômeno foi confirmado na manhã desta terça-feira pela coordenadora de Vigilância em Saúde, Alissandra Santos, em outros cinco bairros da cidade boliviana de Cobija, localizada na fronteira do Acre.

O Departamento de Vigilância em Saúde e o Núcleo de Mobilização Social da Secretaria de Estado de Saúde enviaram técnicos ao município para desencadearem medidas complementares de controle do surto. Esta quinta-feira, 29, foi determinada como o Dia D de combate à dengue em Brasileia.

A execução das ações de controle de endemias é de responsabilidade dos municípios. Para o Estado ficam o monitoramento e assessoria técnica complementares nas situações fora do comum, como em surtos e epidemias.  Desde o dia 12 de novembro, as equipes da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) auxiliam as autoridades de Brasileia nas ações de mobilização casa a casa, reforço nas orientações aos agentes comunitários de saúde e de endemias e realização de palestras para esees agentes, professores, presidentes de bairros e profissionais de saúde.

A média de notificações de casos suspeitos ao longo do ano é de 5 casos por semana chegando ao pico de no máximo 20 no período mais crítico do ano, logo após as chuvas no início do ano. Na semana 45, os casos suspeitos chegaram a 57 com confirmação em torno de 50% desse total. Em Cobija, 60 casos suspeitos foram notificados, sendo que 30% foram confirmados positivos para dengue, com dois casos de dengue tipo 4. O material coletado está sendo enviado para o Laboratório de Fronteira (Lafron).

A secretária de Saúde Suely Melo determinou o envio de um infectologista por meio do Programa Saúde Itinerante para reforçar o atendimento no Hospital Raimundo Chaar durante este período. Outros cinco técnicos três do setor de controle de vetores e dois do Departamento de Vigilância Epidemiológica – já estão em Brasileia monitorando e dando suporte às ações do município.

Municípios em alerta

Além da região de fronteira, Acrelândia também está em risco de surto, segundo o último Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), que identifica  onde estão os focos de reprodução do mosquito transmissor da dengue com base no Índice de Infestação Predial (IIP), divulgado no mês de outubro. Acrelândia apresenta IIP de 6,7 e Brasileia, de 7,7. Bujari, Rio Branco e Xapuri já estão em alerta, com IIP abaixo de 3,9 e índices que indicam necessidade de atenção. A Secretaria de Saúde já enviou suas assessorias técnicas a todos os municípios citados e está em contato com as secretarias municipais nas parcerias de controle e combate.

O Departamento de Vigilância em Saúde alerta que as medidas de controle e combate à dengue precisam da parceria imediata da população, que deve fazer a sua parte eliminando os criadouros e realizando a limpeza dos quintais. Latas, garrafas PET, tampas de embalagens, como de creme dental, garrafas de vidro, potes, caixas d’águas abertas e vasos de plantas são os locais preferidos para que os mosquitos depositem as larvas. “Lembramos que ainda não é epidemia. É um surto, porque está concentrado na região dos bairros de fronteira tanto em Brasileia quanto em Cobija”, explica a gerente de Vigilância em Saúde da Sesacre, Izanelda Magalhães.

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Não esqueça: medidas básicas de prevenção da dengue

  • Manter as caixas d’água fechadas com as tampas adequadas
  • Limpar as calhas dos telhados para não represar água de chuva
  • Lavar os depósitos de água com escova para retirar o acúmulo das bordas
  • Colocar areia e limpar periodicamente vasos de plantas e os pratos.
  • Manter garrafas viradas para baixo e verificar pneus velhos
  • Guardar o lixo doméstico em sacos apropriados e evitar jogar lixo nas ruas e quintais{/xtypo_rounded2}

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