O Carnaval Legal que Só oferece três horas inteiras de diversão para a Melhor Idade e para a criançada com o Baile Infantil, das 18 às 21 horas. Um grupo de frevo e a cantora Ivana Pacífico e Banda são os responsáveis pela música no domingo, 19, e na próxima terça-feira, 21, Graça Gomes e Paula Amanda e Banda animam a festa. Essa é uma das mudanças deste ano, uma programação voltada somente para esses dois públicos.
“É uma maneira de inserir os idosos que sempre acompanharam o Carnaval. Esse novo espaço é uma área somente para eles e também para as crianças para garantir o acesso de todos com muita segurança”, explica Nena Mubarac, uma das organizadoras da festa.
Bebidas alcoólicas não são permitidas no local e apenas crianças de até 12 anos podem entrar acompanhadas por um responsável. Além das marchinhas de Carnaval e do repertório em ritmo de axé, há também outros tipos de atividades coordenadas pela prefeitura de Rio Branco, por meio da Fundação Garibaldi Brasil, como o Lambe-lambe da Folia, o Pintando a Alegria e uma roda de ciranda.
Iasmim Vitória acompanha tudo desde que era um bebê e nunca perdeu um Carnaval. Ela já tem seis anos de idade e agora tem uma companheira que segue os seus passos, a Giulia Vitória, irmãzinha dela. “Eu gosto das músicas que tocam aqui, são as mesmas que eu ouço em casa”.
A dona Gilma Ribeiro é outra que aprovou a nova estrutura. O último Carnaval que ela tinha participado havia sido na época do calçadão da Gameleira. “A gente aproveita para brincar e também trazer os netos. É um lugar para a família”, conta. Mesma opinião de Cirene Pessoa, que pulava até cansar quando era mais jovem. Mesmo com o filho longe e a ausência do marido, ela não perdeu o ânimo para celebrar a vida mais uma vez. “Me lembra os carnavais de antigamente, é muito bom”.
Bloco dos Sujos
A segunda noite do Carnaval Legal que Só também é o dia de extravasar, assumir uma nova identidade e causar. Assim como fez o grupo de amigos do bancário Jairo Maciel no dia mais tradicional da festa, o Bloco dos Sujos. Há quatro anos eles saem na avenida vestidos assim, por mais difícil que seja encontrar um par de sapatos feminino no tamanho 41.
“Todo ano é assim, um amigo liga para o outro e vamos combinando. No dia da festa nos reunimos na casa de alguém para começar a produção, sempre com a ajuda das amigas e de nossas namoradas”, explica Jairo.
Vanderley Guimarães também já participa do bloco há bastante tempo. O motivo não é diferente do que pensam os outros rapazes, é apenas curtição. A amiga dele, a vendedora Gleissa Borges, não vê problema nenhum nessa, digamos, transformação de Vanderley. “Fui eu que fiz a maquiagem, a gente se diverte muito”.