Avanços e desafios do Acre na política ambiental são discutidos em Porto Maldonado

Reunião do GCF é realizada uma vez por ano e Acre foi um dos primeiros a integrar a Força Tarefa (Foto: Sérgio Vale/Secom)

Reunião do GCF é realizada uma vez por ano e Acre foi um dos primeiros a integrar a força-tarefa (Foto: Sérgio Vale/Secom)

Todos os avanços obtidos pelo Acre na área de conservação de florestas, redução das emissões de carbono e desmatamento, além das dificuldades encontradas e os desafios atuais, foram relatados pelo presidente do Instituto de Mudanças Climáticas (IMC), Rodrigo das Neves, durante a Reunião Anual do GCF Task Force (Força-Tarefa de Governadores para Clima e Floresta), realizada em Porto Maldonado, no Peru.

Participam do evento, além da pesquisadora Mônica de Los Ríos, o superintendente da Embrapa, Eufran Amaral, e outros pesquisadores acreanos. O vice-governador César Messias esteve presente à abertura do evento.

Preservação das florestas e redução do desmatamento são prioridades no estado (Foto: Sérgio Vale/Secom)

Preservação das florestas e redução do desmatamento são prioridades no Estado (Foto: Sérgio Vale/Secom)

O presidente do IMC, que também é procurador-geral do Estado, explicou que a política ambiental acreana é uma das mais avançadas no mundo e que o Acre tem muito a apresentar aos Estados membros do GCF. O Acre foi o primeiro Estado subnacional a fazer um acordo para a venda de créditos de carbono jurisdicionais, que são os créditos gerados considerando o território de um Estado por completo. Já temos um standard, metodologia de medição e quantificação de redução de emissões, que é um modelo para outros Estados.

“Há também um pré-acordo de registro com a maior certificadora de crédito de carbono do mundo. Estamos desenvolvendo uma metodologia que pode ser utilizada por outros Estados, com uma grande certificadora desse tipo de projeto. Um relatório final do grupo de trabalho com os Estados de Chiapas, no México, e Califórnia (USA), que são as lições que aprendemos e as recomendações que fazemos sobre como juntar mercados de carbono entre quem compra e quem vende”, disse.

A Força-Tarefa de Governadores para Clima e Floresta se reúne com todos os seus membros uma vez por ano. É um momento de troca de informações, e a reunião começa de forma efetiva, com a apresentação do que cada Estado fez no último ano em que está trabalhando no momento, quais as dificuldades enfrentadas, os sucessos alcançados e os desafios para o próximo período.

E todo esse trabalho envolvendo a conservação das florestas e o carbono deu resultados positivos para o Acre, inclusive na área financeira: um acordo com o banco alemão KFW, num montante de R$ 40 milhões para o fomento de políticas públicas. Uma parte do recurso já foi recebida e está sendo utilizada para o subsídio da borracha, a certificação das propriedades rurais prevista por uma lei estadual e o sustento de todo o Sistema de Incentivo a Serviços Ambientais.

Quem faz parte da força-tarefa?

Dezenove Estados, províncias e regiões de sete países que trabalham para proteger as florestas tropicais, reduzir emissões do desmatamento e degradação florestal e promover caminhos realistas para alcançar um desenvolvimento rural com a conservação florestal.

Mais de 20% das florestas tropicais mundiais estão localizadas na jurisdição do GCF, incluindo 75% das florestas brasileiras e mais da metade das florestas da Indonésia. O GCF foi criado em novembro de 2008, durante a Cúpula  Global do Clima, na Califórnia.

No Brasil fazem parte, além do Acre, Amapá,  Amazonas, Mato Grosso, Pará e Tocantins. Há Estados do México, Indonésia, Espanha, Nigéria, Peru e Estados Unidos.

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