Equipe médica se esmera em humanizar cada vez mais os procedimentos relacionados ao parto
Durante muitos anos, o atendimento nas áreas de ginecologia e obstetrícia, em Cruzeiro do Sul, era feito em comum com outros atendimentos no antigo Hospital-Geral. Com a inauguração do novo Hospital Regional do Juruá, em 2007, o prédio do hospital-geral foi destinado à implantação de uma maternidade.
O atendimento exclusivo melhorou em muito os serviços médicos. A equipe da maternidade, segundo a gerente-geral, médica Fabiana Ricardo, esmera-se em praticar os princípios do parto humanizado, o que tem gerado manifestações de satisfação das mulheres atendidas.
Atualmente a maternidade realiza cerca de 300 procedimentos por mês, entre partos naturais e cesáreas. A maternidade, assim como o hospital regional, atende não apenas a população do município, mas de toda a região do Juruá, e inclusive o sul do Amazonas.
Devido a essa grande demanda, o governo do Estado iniciou em maio a recuperação, ampliação e adequação do prédio do antigo hospital- geral. Conta a médica Fabiana que, enquanto uma parte do prédio está sendo recuperada, outra parte foi adequada de modo a permitir a continuidade do atendimento. Assim, mesmo com a reforma, continuam funcionando dois centros cirúrgicos e uma sala de partos com dois leitos.
Com a reforma, cujo término está previsto para dezembro, a maternidade terá os serviços ampliados, com quatro centros cirúrgicos e duas salas de parto. Na nova maternidade haverá ultrassonografia, mamografia e até a possibilidade de ser feito o parto na água.
Parto humanizado
Segundo a diretora clínica (também plantonista) da maternidade, médica Rosimere Barbosa de Moura, a humanização é importante para as pacientes e a melhoria do hospital, e essa iniciativa já está sendo trabalhada entre os servidores, tentando otimizar o espaço para que as gestantes tenham maior proximidade com os parentes. "Nossa atenção é feita de maneira diferenciada com a paciente, tentando atender o que a paciente quer, o que é melhor para ela. Tentamos unir a condição técnica com o que deseja a mulher", disse.
Segundo ela, por estar num período de transição, o hospital ainda não está podendo fazer tudo o que as pacientes exigem, mas por conta da estrutura física. "No futuro chegaremos a isso. A gente procura o bem-estar da paciente, de modo que ela se sinta o melhor possível aqui dentro e esteja acompanhada e assistida. Isso funciona desde o pessoal da faxina até a direção", explicou.
Segundo Rosimere, todo o processo de acompanhamento da gestante e após o parto também é trabalho da equipe. "Se não houver antes o trabalho do pré-natal, a futura mãe pode ter muitos problemas. O pré-natal é a garantia de que se evitarão problemas para as mulheres e o bebê."