Aumenta o fluxo de caminhões na BR-364

Pontos críticos permanecem com sinalização intensa para aumentar a segurança dos motoristas (Gleilson Miranda/Secom)
Pontos críticos permanecem com sinalização intensa para aumentar a segurança dos motoristas (Gleilson Miranda/Secom)

Aos poucos, o tráfego nos trechos alagados da BR-364, em Rondônia, devido à cheia histórica do Rio Madeira,  começa a avançar. Somente na última sexta-feira, 11, 135 caminhões passaram pela estrada, sendo que 55 vieram para Rio Branco. Nos dias mais críticos da enchente, apenas cinco veículos conseguiram fazer a travessia.

A estrada, que já foi interditada, por não apresentar condições de trafegabilidade, ainda aparenta ter se misturado com o rio. Ver caminhões atravessando esses trechos continua impactante para os espectadores curiosos, que avaliam a situação do local.

A operação do governo do Acre nos trechos críticos da BR-364 conta com uma equipe formada por 22 homens do Corpo de Bombeiros e do Deracre.

A atracagem da balsa do Abunã sofreu deslocamento de 8 km, ainda no início da operação. Sendo assim, o que antes levava 40 minutos para fazer a travessia, agora dura cerca de 3 horas. Além dessa, outras duas balsas foram improvisadas em Palmeiral e Jaci-Paraná.

Na sexta-feira, 11, o governo do Acre e o Dnit realizaram uma reunião sobre a trafegabilidade na BR-364. E ficou decidido que haverá uma atuação mais forte no trecho crítico de Jaci-Paraná. A meta é elevar para 70 o número de caminhões com mantimentos levados para a região. No mesmo dia, 32 carretas entraram no estado com 797 toneladas de alimentos.

A notícia é positiva para caminhoneiros, como Flávio Shloegel, 59, que passou 50 dias em Rio Branco, esperando a situação melhorar para voltar para casa, no Rio Grande do Sul.

O caminhoneiro Erivaldo Costa, de Alagoas, enfrentou situação semelhante. Ao vir fazer uma entrega de alimentos no Acre, deparou-se com a enchente do Rio Madeira. Ainda assim, arriscou-se na travessia que danificou o motor do veículo. Precisou desembolsar mais de R$ 3 mil para chegar à capital do estado. No entanto, só conseguiu iniciar a viagem de volta 20 dias depois.

Para ajudar trabalhadores como o Flávio e o Erivaldo, homens do Corpo de Bombeiros e do Deracre continuam os serviços de triagem de carga e de apoio à segurança dos caminhoneiros durante a travessia nas balsas e nos trechos alagados.

As águas estão descendo com grande velocidade, afirmou o sargento do Corpo de Bombeiros do Acre, Marcelo Andrade. “Um exemplo disso é o que estamos vendo no trecho alagado da Velha Mutum. Quando a nossa equipe chegou aqui, no quilômetro 882, a régua estava marcando 72 centímetros de águas acima da estrada. Logo, em menos de uma semana a marca caiu para 27 cm”, aponta.

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