Atrações do Brasil e do Peru se apresentam no Palco Espetacular da Bienal da Floresta. Nesta quinta-feira, 20, acontece o recital solo de Jessier Quirino, e nesta sexta-feira, 21, na Noite do Peru, será a vez do show com a cantora Susana Baca, às 20h30. O poeta paraibano Jessier Quirino fará uma apresentação solo, recitando poemas autorais e causos de pura nordestinidade com uma hora e meia de duração.
Arquiteto por profissão, poeta por vocação, matuto por convicção, Quirino é autodidata como instrumentista (violão). Na literatura, ele trabalha a prosa, a métrica e a rima como um domador de palavras. Preenchendo uma lacuna deixada pelos grandes menestréis do pensamento popular nordestino, o artista tem chamado a atenção do público e da crítica, principalmente pela presença de palco.
Destaque também para a sua memória extraordinária e pelo varejo das histórias, que vão desde a poesia matuta – impregnada de humor, neologismos, sarcasmo, amor e ódio – até causos, cantorias e piadas.
O afro-peruano de Susana Baca
Ganhadora do Grammy Latino por duas vezes, Susana Baca, acompanhada de sua banda, mostrará um grande repertório, incluindo, é claro, sucessos de sua carreira como Maria Lando e Negra Presentuosa.Apontada pela crítica como a grande embaixadora das tradições mestiças afro-peruanas, Susana Baca, traz na bagagem canções em castelhano, francês, inglês, italiano e até uma em português: Estrela, que no disco se ouve interpretada em dueto com Gilberto Gil, seu autor.
“A cultura, a música, e todo o nosso ser falam sobre a mistura de espanhóis, culturas indígenas e africanas. Eu sinto a música de Cuba, Colômbia, Equador, Argentina e Porto Rico, como fossem minhas. É a minha essência. Eu sinto que eles estão falando com a minha alma, mesmo que eu não seja desses lugares me sinto uma parte de tudo isso”, diz Susana Baca.