Atendimento pedagógico domiciliar: um vínculo entre a escola e a família

[vc_row full_width=”stretch_row” full_height=”yes” parallax=”content-moving” parallax_image=”286552″ parallax_speed_bg=”1″ css=”.vc_custom_1499670733010{margin-top: -250px !important;}”][vc_column 0=””][/vc_column][/vc_row][vc_row 0=””][vc_column el_class=”card” css=”.vc_custom_1499670696117{margin-top: -100px !important;background-color: #ffffff !important;}”][vc_custom_heading source=”post_title” font_container=”tag:h2|font_size:40|text_align:left” google_fonts=”font_family:Ubuntu%3A300%2C300italic%2Cregular%2Citalic%2C500%2C500italic%2C700%2C700italic|font_style:400%20regular%3A400%3Anormal”][vc_column_text 0=””]Elciane Bezerra teve uma gravidez tranquila e nunca imaginara a missão que lhe aguardava com o nascimento do filho. Primogênito, há 14 anos Sávio Bezerra nascia com paralisia cerebral. Era o início de uma história de luta pela vida e pela garantia de direitos.

[aspas fala=”Abri mão de tudo na minha vida pra me dedicar exclusivamente ao meu filho, e pra mim, que sempre lutei pelos direitos dele, ver o ensino sendo levado a quem precisa em casa, dá um sentimento de vitória” autor=”Elciane Bezerra”]

Com um ano de idade, começou a ser acompanhado pela equipe do Dom Bosco, em Rio Branco. Aos seis anos, passou a frequentar a escola pública, até a mãe perceber a gravidade de um problema de coluna, que o impedia de permanecer sentado em sala de aula. Momento em que o ensino pedagógico domiciliar se fez necessário e resultou no fortalecimento do vínculo entre a escola e a família.

As aulas em casa são resultados de investimentos do governo do Estado, por meio da Secretaria de Educação e Esporte (SEE), aplicados diretamente na Coordenação da Educação Especial. Sávio é um dos 30 alunos atendidos por essa modalidade de ensino em Rio Branco, amparada por lei federal.

Com as aulas multidisciplinares em casa, Sávio hoje cursa o sétimo ano. A mãe, que afirma lutar até hoje contra o preconceito, se emociona ao falar do filho. “Sei que estudar em casa o obriga a não conviver socialmente. Mas aqui ele tem mais conforto e uma atenção especial. Abri mão de tudo na minha vida pra me dedicar exclusivamente ao meu filho, e pra mim, que sempre lutei pelos direitos dele, ver o ensino sendo levado a quem precisa em casa, dá um sentimento de vitória”, expressa.

Lição do aluno que ensina o professor

Era uma tarde de quarta-feira, quando o professor Alexsandro chegava para mais uma aula na casa de Sávio. O tema do encontro era o folclore brasileiro. A ajuda para manter os olhos do aluno vidrados no professor veio de fantoches.

[aspas fala=”E eu sei quando uma aula minha faz diferença no dia dele, quando consigo deixá-lo feliz saio recompensado” autor=”Professor Alexsandro”]

A entonação da voz dava vida aos fantoches quando ria, criava a cena, ensinava. Toda aquela contação de história não apenas abordava mitos e lendas, mas revelava, sobretudo, o desafio de transmitir aquilo que levou horas do seu fim de semana para elaborar, especialmente para que o Sávio continue a querer estudar.

A dedicação parece dar certo. Do colchão em que Sávio permanecia deitado no chão da sala, algumas reações pareciam demonstrar o desejo de interagir, ou apenas dizer que estava feliz por mais uma aula. Motivo de comemoração: “eu busco uma forma de dar o meu melhor, porque, mesmo que ele não tenha condições de falar, sempre dá o melhor dele para me ouvir. E eu sei quando uma aula minha faz diferença no dia dele, quando consigo deixá-lo feliz saio recompensado”, revela Alexsandro.

Mais que participar de capacitações. Criar, inovar, dedicar tempo à confecção de material de apoio, exercitar a criatividade. Essa tem sido a rotina do professor, que descobriu a paixão pelo ensino especial num período em que passou a cuidar de crianças autistas.

Ao ser convidado para realizar o atendimento domiciliar, foi marcado por novas experiências que, segundo ele, coroaram seus oito anos de profissão com a maior lição que poderia ter na vida: que em apenas duas vezes por semana, um aluno é mais capaz de ensinar com sua superação, do que um professor poderia ensiná-lo em cinco dias numa sala de aula com a didática convencional.

Certamente, Sávio nunca entendeu tanto dos mistérios da floresta quanto naquele dia em que os fantoches deram vida aos personagens João e Maria. Tão certo quanto o professor Alexsandro aprendeu com o sorriso de Sávio, que sempre terá motivos para planejar com tamanho esmero mais um dia de aula.

[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row 0=””][vc_column 0=””][vc_custom_heading text=”Série sobre o Núcleo de Educação e Tecnologia Assistiva” font_container=”tag:h2|font_size:40|text_align:left” google_fonts=”font_family:Ubuntu%3A300%2C300italic%2Cregular%2Citalic%2C500%2C500italic%2C700%2C700italic|font_style:400%20regular%3A400%3Anormal”][vc_column_text 0=””]Toda criança tem o direito à educação pública, assegurado pelo artigo 205 da Constituição Federal e reafirmado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, mediante a Lei n° 02/2001. O referido artigo infere a igualdade de condições para o acesso e permanência na escola. Também compete ao Estado o atendimento educacional especializado a portadores de deficiência, preferencialmente no ensino regular.

No Acre, os investimentos em políticas públicas educacionais têm sido no sentido de cumprir as leis e diminuir as fronteiras de educação de qualidade para todos. Como resultado de mais uma conquista para o ensino especial no estado, o governo está investindo quase 2,5 milhões na construção do Núcleo de Educação e Tecnologia Assistiva (Neta).

A série a seguir aborda parte do trabalho desenvolvido pela equipe que integra a educação especial em Rio Branco e do público beneficiado por esses investimentos.[/vc_column_text][vc_basic_grid post_type=”post” max_items=”4″ element_width=”6″ item=”250212″ grid_id=”vc_gid:1499782390008-8e9dbe68-d7db-5″ taxonomies=”19572″][/vc_column][/vc_row][vc_row full_width=”stretch_row_content”][vc_column 0=””][vc_text_separator title=”Texto de Rayele Oliveira || Fotos de Angela Peres || Diagramação de Adaildo Neto”][/vc_column][/vc_row]

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