Assistência Social e Direitos Humanos do Estado realiza oficina de Letramento LGBTQIAPN+ para servidores da Casa-Abrigo Mãe da Mata

O governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH), realizou nesta segunda-feira, 23, uma capacitação sobre letramento LGBTQIAPN+ para os trabalhadores da Casa-Abrigo Mãe da Mata.

O abrigo acolhe mulheres vítimas de violência com risco de morte, e a oficina visa capacitar os funcionários para oferecer um atendimento adequado a pessoas lésbicas, gays, bissexuais, transsexuais, queer/questionando, intersexo, assexuais/arromânticas/agênero, pan/pôli, não-binárias, entre outras.

Oficina promove o conhecimento sobre as nomenclaturas LTBQIAPN+. Foto: Carolina Torres/Secom

Durante a capacitação, foram promovidas rodas de conversa para ouvir os participantes e compartilhar conhecimento, além de ensaios de teatro que simularam o atendimento ao público.

O chefe da Divisão de Promoção da Diversidade Sexual da SEASDH, Germano Marino, destaca a importância da oficina para os profissionais que atendem vítimas de violência doméstica, incluindo tanto mulheres cisgênero quanto mulheres trans. O gestor enfatizou a necessidade de um acompanhamento sensível para garantir um atendimento adequado.

Gestor da SEASDH explica sobre como deve ser realizado o atendimento de pessoas com outra identidade de gênero. Foto: Carolina Torres/Secom

“É fundamental que a equipe esteja sempre preparada, garantindo um atendimento em conformidade com as leis, evitando sanções, já que homofobia e transfobia são crimes no Brasil desde 2019. A SEASDH está comprometida em aprimorar constantemente seus serviços, especialmente na assistência a essa população, assegurando que os servidores atuem com respeito e dignidade”, explicou.

O diretor de Assistência Social, Hilquias Almeida, acrescenta que essa capacitação é uma iniciativa do Departamento de Proteção Social Especial, especificamente para a casa-abrigo, que recentemente atualizou seu regimento interno para receber mulheres trans em situação de violência.

Departamento de Proteção Social Especial solicitou a capacitação. Foto: Carolina Torres/Secom

“Nossas profissionais estarão preparadas para tratar essas mulheres de forma adequada, utilizando a terminologia correta e garantindo que tenham conhecimento dos principais termos. O governo do Estado reafirma seu compromisso com a inclusão social e o atendimento apropriado a esse público. A importância disso reside na integração das ações das diretorias de Direitos Humanos e de Assistência Social, cada uma cumprindo seu papel”, ressaltou.

Além disso, a capacitação também será estendida ao abrigo do município de Cruzeiro do Sul, visando garantir um atendimento igualitário a toda a população.

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