Como etapa integrante da III Conferência Estadual de Cultura, e da terceira no âmbito nacional, Cruzeiro do Sul realizou no último fim de semana a II Conferência de Cultura com, o tema “ Uma Política de Estado Para a Cultura: Desafio do Sistema Municipal de Cultura”. A banda do 61 BIS abriu a solenidade no Teatro dos Nauas, com o Hino Nacional. Artistas de vários segmentos se apresentaram.
Francis Mary Alves de Lima, presidente da Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM), Lenine Alencar, representante do Conselho Estadual de Cultura (ConCultura), o secretário de Cultura de Cruzeiro do Sul, Neto Vitalino, Aldemir Maciel, presidente do Conselho Municipal de Cultura, o presidente da Câmara Municipal, vereador Romário Tavares, o prefeito em exercício Mazinho Santiago e o presidente da Associação Comercial, Assem Cameli, estiveram presentes à abertura.
“Estamos construindo novos caminhos para uma política pública de cultura para o nosso município. Tenho certeza de que a Lei do Sistema Municipal, com o PEC e o Fundo Municipal de Cultura, será aprovada, e com isso poderemos fazer uma cultura democrática”, disse Aldemir Maciel.
“Temos percebido que cada vez mais os representes dos segmentos artístico-culturais estão envolvidos no debate, elaborando propostas de seus municípios para a implantação das estruturas que integram os Sistemas Municipais de Cultura, como os conselhos municipais, conferências, fundos, planos municipais de cultura, entre outros instrumentos. Esses encontros são enriquecedores pois discutem, analisam e deliberam sobre os caminhos a serem trilhados coletivamente no desenvolvimento das políticas culturais”, comenta Francis Mary.
Para o prefeito Mazinho, a cultura deve ser tratada de forma especial pelos governos, no tocante à revitalização das manifestações culturais. “É preciso que se torne uma política de Estado, e não de governo. Os governos passam. Esse é o momento importante para os fazedores de culturas e artistas. Precisamos revitalizar a rica cultura de nosso município”, salientou.
Desenvolvidas pelas prefeituras dos municípios, com a parceria do governo do Estado, por meio da Fundação de Cultura Elias Mansour e com o apoio do Conselho Estadual de Cultura (ConCultura), as conferências municipais têm sido um espaço de debate que possibilita com que o poder público e a sociedade civil opinem e sugiram propostas para a elaboração da política cultural no Acre. Dos 22 encontros municipais previstos para acontecer até setembro, dez deles já foram realizados.
Diversidade cultural
No segundo dia do encontro, foram tratados pelos grupos de trabalho os eixos-temáticos: Implementação do Sistema Nacional de Cultura; Produção Simbólica e Diversidade Cultural; Cidadania e Direitos Culturais, e Cultura e Desenvolvimento.
Grupos de capoeira, dança, teatro, música, além de contadores de história, rezadeiras, arte-educadores, indígenas e outras representatividades participaram de forma ampla do encontro, numa mostra da rica diversidade cultural. A participação massiva nas discussões das demandas da cultura tem mostrado que os fazedores de cultura estão conscientes e anseiam por mudanças.
“Estou aqui porque sempre participo desses encontros. Sou uma benzedeira e há 50 anos cuido das pessoas, rezo, passo banhos, curo com ervas, tudo com amor e zelo pelo espiritual. Estou aqui para dar minha contribuição no sentido de revitalizar a cultura de meus antepassados”, disse Menevina, considerada patrimônio cultural do Juruá.