Mais uma edição da oficina “Criando e reciclando o papelão”, ministrada pela artista visual Silvania Mota foi finalizada. As artesãs se reuniram na Associação de Mulheres do Segundo Distrito, na segunda-feira, 4, para apresentar o resultado do trabalho com a mostra de produtos artesanais. Cerca de vinte artesãs participaram do projeto durante quinze dias, na sede da associação, no bairro Cidade Nova. A ação é do programa Cultura e Comunidade da Fundação Elias Mansour (FEM).
Uma ideia simples que pode transformar o que não serve mais em peças de artesanato, que podem gerar renda. Assim, caixas de sapatos e de leite, ornamentadas com retalhos, papel de seda e fuxicos, ganham uma nova roupagem, e viram produtos como kits de caixas para presentes e mantimentos, bolsas, carteiras e outros acessórios.
“Tivemos muita procura. Esse trabalho é muito lindo não somente no visual, mais na ajuda ao meio ambiente, além de gerar renda, trabalhar a auto-estima e a saúde . É um ganho pra sociedade. Agradecemos ao governo do Estado, a FEM”, disse a artesã Norma Sueli de Morais, presidente da associação.
“Não podemos jamais ficar paradas, nossa mente é criativa. E este é um encontro para falarmos e trocarmos conhecimentos sobre a vida”, disse a professora Guajarina Lima Margarido, uma das mobilizadoras do projeto.
Criatividade – Para a artesã Maria Pinheiro de Souza, professora aposentada, a ideia é saber aproveitar com criatividade o aprendizado de um novo ofício. Ela já comercializa sandálias e almofadas em vários eventos. Com a oficina, diz que pretende aumentar sua renda acrescentando ao seu mostruário: as caixas de mantimentos, presentes e bolsas.
“A criatividade é a alma de tudo. Participo de feiras e mostras com meus produtos, e agora terei novas peças para comercializar. Além desse aprendizado tem também as amizades que fazemos e a troca de ideias” disse.
Comercialização de produtos – Uma novidade é que antes mesmo de finalizar a oficina as artesãs já haviam comercializados seus produtos. Para Silvania Mota é um motivo de satisfação. “É gratificante esse processo. Foi só mostrarem os produtos para as amigas vizinhas que as encomendas começaram a chegar. Isso gera renda, além da terapia ocupacional. E com o final do ano se aproximando é incrível. Fico muito feliz com esse resultado. Essas mulheres são guerreiras”, comenta.
A oficina terá novas edições e contará também com o apoio da Secretaria de Pequenos Negócios.
Segundo Francis Mary, presidente da FEM a ideia é formar multiplicadores nas comunidades. “Esse programa serve como uma ferramenta de cidadania. Representa um espaço de resgate da auto-estima, de convergência entre as pessoas. Um caldeirão do fazer cultural, de fazer o bem. O governo do Estado, pretende com esses projetos fomentar a construção coletiva com o arranjo social e cultural”, explica.
A juíza membro do Tribunal Regional Eleitoral do Acre (TRE-AC), Alexandrina Melo de Araújo, presidente da Associação Brasileira das Mulheres de Carreira Jurídica (Comissão Acre) esteve presente na mostra. Ela aproveitou para anunciar a parceria entre a FEM e a entidade.
“Fico muito honrada em aliar o trabalho da associação com as ações do Cultura e Comunidade. Iremos promover cursos e palestras que sejam de interesse da comunidade com consultoria da FEM, e avaliar quais os cursos mais solicitados”, disse.