As clínicas de design são parte de um convênio entre o governo do Estado, por meio da Secretaria de Pequenos Negócios (SEPN), e o Sebrae.
São uma espécie de curso extensivo oferecido aos artesãos, com o objetivo de ampliar o mix de produtos, com foco na criatividade, inovação, design e produção sustentável.
Em Rio Branco, duas turmas já deram início às atividades, com a inscrição de 20 veteranos do artesanato e 52 novos profissionais do segmento.
A psicóloga e consultora do Sebrae Neide Quirino fez a abertura da clínica com a consultoria coletiva comportamental na quinta-feira, 13, com os artesãos que já participaram de outras edições do projeto. Num encontro dinâmico, os profissionais falaram de suas dificuldades no setor e das expectativas.
Ao falar de seu trabalho com biojoias, sementes, fibras e madeira, a artesã Socorro Tavares ressaltou a importância da autoavaliação.
“Eu tenho encarado a crise como um momento de reflexão do meu próprio trabalho, pra buscar as minhas próprias estratégias de vendas. O artesanato é a minha fonte de renda, eu vivo dele, por isso, sempre busco essa avaliação pra enxergar o que preciso fazer pra driblar a crise”, comentou.
Nesta sexta-feira, 14, a turma iniciou o módulo conceitual da clínica, na Biblioteca da Floresta. Os artesãos novatos passarão pelo mesmo processo até o fim de semana. Em Cruzeiro do Sul, a mesma etapa será realizada na segunda-feira, 17, com indígenas, na terça, 18, com artesãos do Croa, e nos dias 19 e 20, com artesãos que trabalham com cipós, tecidos e bordados.
De acordo com a coordenadora do Artesanato Acreano, Marilda Brasileiro, 123 artesãos devem participar das clínicas, sendo 51 de Cruzeiro e 72 da capital.
O cronograma de atividades será executado até dezembro deste ano, com a meta de que sejam desenvolvidas pelo menos 70 novas coleções de peças, com a inserção da marca “Artesanato: Acre made in Amazônia”. Terão destaque os segmentos de produtos em madeira, borracha, sementes, cerâmica, bambu e outros.
