Incentivadora do programa estadual do artesanato com o selo da marca Acre, Made in Amazônia, a primeira-dama Marlucia Cândida foi conhecer, na tarde do sábado, 4, na Igreja Metodista Wesleyana. a coleção em bordados elaborada por um grupo de 25 artesãos do Bujari.
Eles vivenciaram, durante um mês, o aprendizado dos primeiros traços da arte do bordado, com as artesãs Vera Lúcia da Silva e Izauda Monteiro, da cooperativa de artesanato Amazônica Paiol.
A iniciativa com o bordado é coordenada pelo governo do Estado, por meio da secretaria de Pequenos Negócios (SEPN). Estiveram presentes a secretária adjunta da SEPN, Silvia Monteiro e a coordenadora estadual de Artesanato, Marilda Brasileiro.
Foi apresentado um mostruário com guardanapos de mesa, lençóis e panos de prato. A coleção contém peças que revelam a identidade amazônica com desenhos inspirados na fauna e na flora criados pelo artista Enock Tavares. Araras, garças, papagaios, helicônias, peixes e outros desenhos compõem o mostruário.
Para a artesã Poliana dos Santos, coordenadora do grupo composto por mulheres e homens, jovens, adultos e idosas, o que tem movido todos a trabalhar com o bordado é a perspectiva de sonhar juntos visando um futuro negócio.
“É uma alegria tão grande ver que tudo começou de forma pequena e cada um foi se aproximando e hoje somos muitos e dispostos a acreditar nos nossos sonhos. Esse é o resultado do nosso trabalho e estamos apenas começando”, disse.
Marlúcia Cândida revelou sua grata satisfação com o que viu da coleção.
“Quando a gente lança uma ideia ela pode ser apaixonante ou não. E aqui vocês mostram pelo olhar que existe uma paixão no que estão fazendo e criando. As peças estão lindas e de uma complexidade e harmonia. Não é um bordado comum é muito especial e profissional. Fico muito feliz com esse resultado”, comentou.
Novas possibilidades
Com um olhar no futuro negócio, o artesão Antônio Agileu Paiva falou das perspectivas com o projeto.
“Eu estava sem trabalho e recebi o convite para vir aqui e estou apaixonado. Para a gente, a vinda da primeira-dama só incentivou a seguir em frente. Tenho certeza que o Bujari será referência no bordado no Acre e como polo de negócios”, disse o artesão.
Há 26 anos fazendo crochê, Cândida Figueiredo da Silva revela que bordar era um sonho antigo.
“Foi uma realização de um sonho para mim estar participando do grupo. Além do bordado, também quero iniciar a pintura. Essas artes nos tornam mais leves e ocupam a nossa mente. Claro que também podemos ter um ganho financeiro”, comentou.
O projeto terá continuidade com o aprimoramento de novas técnicas em bordado. A novidade é que o grupo participará este ano da exposição Casa Bordada, na Casa Museu do Objeto Brasileiro, em São Paulo.