Artesãos acreanos apresentam peças exclusivas no Salão do Artesanato, em São Paulo

O artesanato acreano tem sido sucesso no 18º Salão do Artesanato, que se iniciou na quarta-feira, 28, no Parque Ibirapuera, no Pavilhão da Bienal de São Paulo (SP). Dez artesãos representam o Acre com a apresentação de peças exclusivas, com o apoio do governo do Estado, por meio da Secretaria de Turismo e Empreendedorismo (Sete), Programa Redd+ Early Movers (REM) e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae/AC). A feira segue até o próximo domingo, 1º, com a presença de 500 mestres artesãos, artistas e gastrônomos de todo o Brasil.

Dez artesãos representam o Acre no 18º Salão do Artesanato. Foto: Bianca Muniz/Sete

Na feira, Mirkelle Puyanawa, de Mâncio Lima, apresenta a arte indígena do Povo Puyanawa, com miçangas e sementes naturais: “Pra mim é muito importante estar na feira, pois, além de divulgar a minha cultura, também estou divulgando o meu trabalho, o artesanato, que é símbolo de fortalecimento e de resistência, e isso é uma novidade para o meu município e para o meu povo”, revelou.

Mirkelle Puyanawa, de Mâncio Lima, apresenta a arte indígena do Povo Puyanawa, com miçangas e sementes naturais. Foto: Bianca Muniz/Sete

O artesão Antônio Kleder Bezerra, da capital Rio Branco, atua no segmento de biojoias. Para ele, participar das feiras é importante para divulgar o trabalho desenvolvido, o potencial do estado, os materiais existentes e, principalmente, mostrar para o público a sustentabilidade como meio de fomento da economia local e sustento dos artesãos.

“Para a gente é muito importante participar dessas feiras, porque você tem noção do que está saindo no mercado, você tem inspiração para a criação de novas obras e também tem a parte mais interessante, você vê o que está em alta nas tendências de coisas a serem implementadas e produzidas no ateliê”, acrescentou.

Artesão Antônio Kléder lembra a importância de divulgar o artesanato sustentável e as potencialidades do Acre nas feiras nacionais e internacionais. Foto: Bianca Muniz/Sete

Para a artesã Socorro Tavares, que trabalha com biojoias em sementes, a feira permite exibir o aspecto sustentável de sua atividade: “A importância de estarmos aqui é poder apresentar um trabalho que tiramos da nossa Amazônia. São sementes que são reaproveitáveis. Nós não danificamos a Amazônia, nós cuidamos dela, tirando um pouco da semente, cuidando delas e também extraindo dela aquilo que é bom, aquilo que é valorizado no nosso estado, e trazendo, também, o recurso financeiro para cada um de nós. Isso é maravilhoso”.

Para a artesã Socorro Tavares, que trabalha com biojoias em sementes, participar da feira é uma forma de apresentar meios de economia e sustento, preservando a floresta. Foto: Bianca Muniz/Sete

“Dentro dos segmentos, temos madeira, biojoias, fibras, cestarias do Vale do Juruá, borracha de Epitaciolândia, marchetaria acreana e arte indígena dos Puyanawa. Então temos uma grande variedade de produtos de artesanato do Acre sendo comercializados em São Paulo, e nosso estande está bastante movimentado”, destacou a diretora de Empreendedorismo da Sete, Bianca Muniz.

Secretário de Turismo e Empreendedorismo (de barba) e representantes do Acre participam do Salão do Artesanato,em São Paulo. Foto: cedida

“O artesanato acreano é rico em detalhes, cores e significados. Então, sempre que participamos das feiras, as peças apresentadas fazem muito sucesso e é com grande satisfação que trazemos os artesãos para divulgar os seus trabalhos, promover o nosso estado e firmar novos negócios”, destacou o secretário de Estado de Turismo e Empreendedorismo, Marcelo Messias.

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