Aníbal destaca reunião de esforços para superar o desafio da construção da BR-364

Senador Aníbal Diniz se pronuncia sobre a BR 364 (Foto: Cedida)

Senador Aníbal Diniz se pronuncia sobre a BR-364 (Foto: Cedida)

Os problemas e ações já empenhados no sentido de concluir a construção da BR-364 no trecho que ainda falta para integrar definitivamente a capital do Acre, Rio Branco, a Cruzeiro do Sul foi tema de pronunciamento do senador Aníbal Diniz, na manhã desta sexta-feira, 5, no plenário do Senado.

Ao relatar a visita que fez junto com o governador Tião Viana ao ex-presidente Lula, no início desta semana, em São Paulo, o senador Aníbal disse que dentre os avanços para o Acre possíveis nos oito anos do governo Jorge Viana, nos quatro anos do governo Binho Marques, e, agora, no governo Tião Viana, que está entrando no seu terceiro ano de mandato, a BR-364 é uma das obras que tem reunido esforço conjunto para que seja definitivamente concluída.

“Foi o presidente Lula quem autorizou a construção de todas as pontes ao longo da BR-364, até Cruzeiro do Sul: a linda ponte sobre o Rio Juruá, que é a mais bonita ponte do Acre; a ponte sobre o Rio Tarauacá; a ponte sobre o Rio Envira; a ponte sobre o Rio Purus; e a ponte sobre o Rio Caeté. Todas essas pontes foram construídas ao longo da BR-364”, mencionou o senador para dar a dimensão do que ele denominou como “verdadeiro sacrifício” do governo do Estado para execução desta obra.

Confiante de que, mesmo com os desafios postos, a BR-364 vai ser concluída ainda neste ano de 2013 ele destacou o empenho do governo do Estado e do governo Federal para que isso se concretize. “O esforço pela construção da BR-364 continua a pleno vapor e nós estamos convencidos e confiantes de que, com a competência técnica reunida e a vontade política do governador Tião Viana, além da determinação da presidente Dilma, do Ministério dos Transportes e também do DNIT, com o General Fraxe, vamos conseguir concluir a BR-364. Se isso não for possível este ano, em 2014 certamente será.”, afirmou.

Aníbal se remeteu ainda a história recente para dar a dimensão das dificuldades de se construir estradas na região. “Desde Juscelino Kubitschek, quando foi decidido que haveria essa rodovia para integrar completamente o Brasil, há um esforço para a construção da BR-364. Essa obra iniciou-se no Acre na década de 1960, e desde então, há esforços concentrados nesse sentido, porque as condições para a construção de estradas na Amazônia são muito difíceis. Nós já tivemos estradas, como a BR-319, que liga Porto Velho a Manaus, que foi concluída, foi pavimentada e já desapareceu do mapa exatamente por causa das condições climáticas e da fragilidade do solo na região que demanda atenção permanente”, exemplificou.

Inverno, logística e falta de insumos – Ao mencionar tais dificuldades, o senador Aníbal acrescentou ainda o rigor do inverno Amazônico e as dificuldades de logística para o transporte dos insumos. “Para se fazer essa estrada, há trechos em que é necessário adicionar até 4 mil sacas de cimento a cada quilômetro de terraplanagem. A retirada de material ruim, de solo não apropriado para a compactação também é outra coisa que envolve somas de recursos muito elevadas. Não temos brita, não temos massa asfáltica, não temos pó de brita. Tudo isso acaba tendo que ser importado, o que e encarece muito a obras e por causa da fragilidade do solo a própria obra não dá total garantia de longa durabilidade. E, esses tem sido os problemas enfrentados desde o início”, assinalou.

Em decorrência desses fatores, Diniz lembrou que o governo do Estado tem feito estudos permanentes, por meio da engenharia do Departamento Estadual de Estradas de Rodagem (Deracre). “O engenheiro Fernando Moutinho, que é um dos patriarcas dessa rodovia, está permanentemente trabalhando nisso. Ele estuda permanentemente as possibilidades e alternativas para a construção dessa estrada e, ainda assim, há momentos em que ele se revela não conhecedor da engenharia para a execução dessa obra, exatamente porque é muito difícil fazer estrada na Amazônia”, destacou.

Além dos quase 60 quilômetros que faltam ser pavimentados do trecho total de 700 quilômetros entre Rio Branco e Cruzeiro do Sul, Aníbal lembrou que outros trechos já executados ao longo dos últimos 14 anos precisam ser permanentemente reparados. “A pavimentação no Brasil não resiste além de cinco anos sem reparos, isso sem falar que com o rigor das fortes chuvas as estradas são afetadas de tal maneira pela umidade que chegam a ceder e ou afundar exatamente por causa dessa fragilidade do solo”, disse.

Ao final, o senador reafirmou seu empenho em defender e, por meio do seu mandato, somar esforços para a concretização da BR-364. “Estamos completamente afinados com o governador Tião Viana para que possamos concluir essa obra estratégica e da maior importância para o projeto de desenvolvimento sustentável que está em curso no Estado do Acre”, concluiu.

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