Aníbal destaca no Senado acordo entre Acre e Rio para mercado de carbono

Depois de participar do ato de assinatura do primeiro acordo de cooperação técnica subnacional para tratar especificamente dos créditos de carbono, firmado entre os Estados do Acre e do Rio de Janeiro, o senador Aníbal Diniz comemorou o feito na tribuna do Senado em discurso na manhã desta sexta-feira, 22.

o senador Aníbal Diniz comemorou o acordo para o mercado de carbono estabelecido pelos estados do Acre e Rio de Janeiro (Foto: André Correa)

Senador Aníbal Diniz comemorou o acordo para o mercado de carbono estabelecido pelos Estados do Acre e Rio de Janeiro (Foto: André Correa)

O acordo do qual também participa o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), foi assinado nesta quinta-feira, 21, na cidade do Rio de Janeiro, e pretende estimular a redução das emissões dos gases do efeito estufa e avançar em itens como desenvolvimento de um inventário de carbono das empresas, estruturação de uma rede de conhecimento em economia de baixo carbono e realização de estudos de viabilidade para uma bolsa de ativos ambientais.

Segundo Aníbal Diniz, a parceria “é perfeita” porque, de um lado, está um Estado “com preocupações ambientais e que tem desafios a superar”, que é o Rio de Janeiro, e, de outro, o Acre, que, segundo ele, pode oferecer serviços de sequestro de carbono por conta de sua floresta, preservada em até 88%.

“Graças a todos os esforços empreendidos ao longo da história do Estado do Acre, graças ao movimento de resistência socioambiental liderado por Chico Mendes, por Marina [Silva, ex-senadora acreana e ex-ministra do governo Lula] e por muitos outros lutadores em defesa da floresta, graças às políticas públicas que foram empreendidas a partir de 1999 e a partir de todos os empreendimentos feitos, do Zoneamento Ecológico-Econômico, do respeito e da valorização da vocação natural do Acre, que é uma vocação florestal, o Estado do Acre conservou e mantém sua floresta preservada”, destacou.

 

Aníbal Diniz participou da reunião em que o acordo foi assinado ao lado do governador do Acre, Tião Viana (Foto: Andréa Zílio)

Aníbal Diniz participou da reunião em que o acordo foi assinado ao lado do governador do Acre, Tião Viana (Foto: Andréa Zílio)

 

Aníbal Diniz participou da reunião em que o acordo foi assinado ao lado do governador do Acre, Tião Viana, do secretário do Estado do Rio de Janeiro para o Ambiente, Carlos Minc, do presidente do BNDES, Luciano Coutinho, do secretário de Meio Ambiente do Acre, Carlos Edegard de Deus, e do diretor-presidente do Instituto de Mudanças Climáticas, Eufran Amaral.

Para ele, a iniciativa pode representar o início de um mercado de carbono em âmbito nacional.  “Esse ato foi da máxima importância neste momento, em que a crise na Europa e nos Estados Unidos comprometeu também o mercado de carbono, que ainda não se consolidou”, avaliou.

Continuidade do projeto de sustentabilidade – Atos como esse, segundo sublinhou o senador Aníbal, trazem maior segurança, no sentido de que o Acre vai continuar seu projeto de desenvolvimento sustentável, uma vez que a política de valorização do crédito de carbono garante condições para que as famílias possam sobreviver sem desmatar a floresta onde vivem.

“Na medida em que temos alternativa de financiamento, na medida em que temos serviços ambientais remunerados, aí, sim, temos maior garantia de que a floresta será preservada. Esse tem sido basicamente o princípio norteador, tem sido a nossa bússola, no governo do Acre”, lembrou, destacando que essas políticas tiveram início com o governador Jorge Viana, se aprofundaram com Binho Marques [ex-governador] e agora dão um passo além com o governador Tião Viana.

Como exemplos dessas possibilidades, o senador Aníbal mencionou a indústria de preservativos de borracha natural de Xapuri; a produção de castanha e o programa de piscicultura do Acre, e disse que os seringueiros são “guardiões por excelência da floresta”.

“Tenho certeza de que o produtor que trabalha adequadamente as exigências ambientais, o seringueiro, o castanheiro e o piscicultor que também procura ter a sua atividade sempre pautada pelo respeito ao meio ambiente estarão sendo reconhecidos e remunerados e, dessa maneira, a gente estará dando uma grande contribuição para a preservação da Amazônia e para o equilíbrio climático do planeta”, concluiu.

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