Apesar de o rio Acre registrar os menores níveis nos últimos anos, Prefeitura está pronta para enfrentar possíveis alagações em Rio Branco
O prefeito Raimundo Angelim sancionou quarta-feira, 5, o Plano de Contingência de Enchentes 2011, conjunto de ações integradas entre órgãos municipais e estaduais para reduzir os impactos de desastres naturais causados pela cheia do rio Acre e seus afluentes nas áreas rural e urbana de Rio Branco.
O nível do rio Acre vem registrando os menores níveis dos últimos anos, o que, na avaliação do prefeito, não exime o poder público de acionar o planejamento para enfrentar uma possível cheia e suas consequências. O plano foi apresentado em encontro que reuniu todos os secretários da prefeitura e o vereador Gabriel Forneck, representante da Câmara Municipal.
Às 10h desta quarta-feira, o nível do rio Acre marcava 4,38 metros, que, apesar de baixo, assemelha-se ao volume registrado no mesmo período que antecedeu as grandes enchentes das últimas décadas – 1988 e 2006 -, quando centenas de famílias ficaram desabrigadas. O major George Santos, chefe em exercício da Coordenadoria Municipal de Defesa Civil, expôs dados que justificam que município e Estado estejam prontos para uma possível alagação. Como exemplo, a comparação do volume de chuvas no mês de dezembro do ano que antecedeu as grandes enchentes mostra valores próximos aos do mesmo período de 2010. “A probabilidade maior é de ocorrência de chuvas em fevereiro”, disse o oficial da Defesa Civil, lembrando que há registros em outros meses.
As cinco maiores enchentes das últimas décadas causaram prejuízos de R$ 367 milhões ao poder público, moradores e iniciativa privada. Na escala de duração das cheias desde 1971 a 2011, o rio Acre passou, no mês de janeiro, 53 dias acima da cota de alerta; fevereiro, 235 dias; março, 168 ; e abril, 97. “Desde 2005 temos tido um parceiro de todas as horas, que é o Governo do Estado, representado aqui pelos oficiais do Corpo de Bombeiros. Em todas as enchentes, temos conduzido os trabalhos muito bem”, disse Raimundo Angelim.
De acordo com os estudos da Coordenadoria Municipal de Defesa Civil, a previsão é de que o primeiro trimestre deste ano registre índices de chuvas acima da média histórica. “E em dezembro do ano passado choveu 230 milímetros, sendo que a média histórica é de 250 mm para esse mês. Os números estão bem próximos”, disse o major Santos, ao relatar as semelhanças de períodos que antecederam as cheias. O protocolo acreano para enfrentamento às enchentes são referência para a Defesa Civil Nacional. Vários Estados convidam os oficiais acreanos para palestra sobre os procedimentos adotados em Rio Branco.