Unidade custou mais de R$ 870 mil e amplia o atendimento à educação básica em Rio Branco
O prefeito Raimundo Angelim inaugurou nesta terça-feira, 1, a escola municipal Maria Adeíza Rodrigues Pereira, localizada na rua Tião Natureza, bairro Palheiral. A unidade atende a 224 alunos da educação infantil, no período da manhã e tarde, e pratica os parâmetros curriculares estabelecidos pela Secretaria Municipal de Educação (Seme). Construída em alvenaria, a obra conta com refeitório, bebedouro, escovódromo, cozinha, despensa e ampla sala de leitura. Foram construídos banheiros feminino, masculino e para portadores de necessidades especiais, além de outros equipamentos de acessibilidade.
Estiveram presentes familiares de Maria Adeíza, falecida em 2005, secretários municipais, autoridades civis e militares, como o major Juvenal, da Polícia Militar, e o promotor Francisco Maia, da Coordenadoria da Infância e Juventude do Ministério Público Estadual, além de lideranças políticas e comunitárias, como o vereador Professor Roger.
O nome da escola é uma homenagem à professora que por mais de vinte anos atuou no magistério, sempre na educação infantil. A cobertura e o forro foram trocados, com aumento do "pé-direito" das salas, o que garantirá mais luminosidade e conforto térmico. Foram colocadas novas instalações hidrossanitárias e elétricas, nova pintura com padronizações de cores e revestimentos, bem como novo muro no padrão da prefeitura para escolas municipais, urbanização da área interna da escola (calçadas, jardins e bancos) e um parque infantil.
Para o prefeito, as crianças não representam apenas o futuro de uma sociedade, mas são "causa e efeito do presente, protagonistas de nossa era". Ele defendeu ainda os avanços implementados pela educação infantil na capital acreana nos últimos anos. Nesse contexto, Angelim elogiou o trabalho desenvolvido pelo professor Moacir Fecury, secretário municipal de Educação. “Ele tem feito um notável trabalho”, disse, lembrando que todas as conquistas têm sido possíveis pela ação em equipe e pelas parcerias. “Uma escola dessas é uma porta que se abre para nossas crianças.”
De acordo com a diretora da escola, Jakeline Simão, a unidade foi edificada sobre um terreno antes abandonado, cheio de mato e lixo. Parceria com a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur) possibilitou a obra. Os alunos fizeram apresentação de cântico do projeto “Minha Música Preferida” e de teatro de fantoche.
O Pacto pela Educação e o novo tempo no ensino infantil da capital
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Entre as capitais brasileiras, Rio Branco tem o terceiro melhor aproveitamento, segundo avaliação do sistema Rede de Aproveitamento de Boas Práticas nos Municípios (Foto: Marcos Vicentti)
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O Pacto pela Educação assinado entre a prefeitura de Rio Branco e o governo do Estado pesou favoravelmente para a estruturação de uma rede educacional na capital. Segundo o acordo, estão sendo investidos mais de R$ 39 milhões no ensino fundamental e médio.
A parceria trouxe resultados positivos para o município. O programa denominado Matrícula Cidadã, resultado da parceria e que acabou com as filas de matrícula na porta das escolas, estabeleceu um novo tempo para a educação básica no município. Um exemplo é refletido na vida de Raimundo Nascimento, servidor público e avô de Rafael, de quatro anos, que ficou bastante contente pelo fato de estudar próximo de casa. Raimundo, que cria o neto, mora no bairro Boa União. “Ele está feliz. Aqui o Rafael encontra os amigos, estuda e se diverte. Estamos muito animados também.”
O regime de colaboração está previsto na Lei de Diretrizes Básicas (LDB), mas sua implementação enfrenta obstáculos em todo o país. A experiência foi juridicamente ampliada com a lei 1.694, que criou o Sistema Estadual de Educação. Entre as capitais brasileiras, Rio Branco tem o terceiro melhor aproveitamento, segundo avaliação do sistema Rede de Aproveitamento de Boas Práticas nos Municípios.
Indicadores já avançam entre os melhores do país
Segundo dados do Ministério da Educação, os alunos das primeiras e quartas séries da capital acreana estão acima da média nacional em rendimento escolar. Os números mostram que 67% de todas as crianças deixaram a primeira série totalmente alfabetizadas. Com base no MEC, das 70 escolas do município, 45 obtiveram índices de aproveitamento entre 70% e 100%.
Os dados são resultado de prova realizada por 6,2 mil alunos da rede pública municipal de ensino. A média nacional é de 54%.
O salto qualitativo da educação em Rio Branco deve-se em grande parte aos investimentos feitos em parceria com o governo do Estado, que permitiram o aumento da disponibilidade de vagas e a reestruturação, reforma e ampliação de escolas. É de se destacar também os fortes investimentos na formação dos professores, direção das escolas e pessoal de apoio. Para se ter uma ideia, em 2005 a rede pública municipal atendia 13 mil crianças do ensino infantil e fundamental. Em 2010 esse número saltou para 42 mil alunos, um crescimento superior a 223% no período.
Quem foi Maria Adeíza
Maria Adeíza Rodrigues Pereira nasceu em Rio Branco em 11 de abril de 1949 e morreu em abril de 2005, vítima de complicações de um câncer. Formou-se em magistério no Instituto de Educação Lourenço Filho (atual CEBRB) e passou a dedicar-se ao ensino infantil. Lecionou durante mais de vinte anos na Escola Infantil Menino Jesus, uma das mais tradicionais de Rio Branco.
“Ela adorava a educação infantil”, recorda Zilka Rodrigues, irmã de Maria Adeíza. “A família se sente gratificada por esta homenagem”, completou Luhely Fernanda, filha de Maria.
O que eles disseram
{xtypo_quote}Todo nosso esforço é para que a educação possa dar às crianças a melhor formação.
Raimundo Angelim, prefeito de Rio Branco{/xtypo_quote}
{xtypo_quote}Uma escola que se inaugura é sempre uma coisa muito boa. Estou muito feliz por isso.
Professor Roger, vereador de Rio Branco{/xtypo_quote}
{xtypo_quote}Da nossa parte, vamos fazer todo o esforço para cuidar desta escola.
"Chaguinha", líder comunitário na região do Palheiral {/xtypo_quote}
{xtypo_quote}As parcerias estão indo bem e precisamos ampliá-las para garantir o direito à educação a todas as crianças.
Francisco Maia, promotor de Justiça{/xtypo_quote}
