O regime de secas e enchentes intensas, somadas à ação do homem, tem soado como sinais de alerta, e por isso, o Rio Acre e a gestão das águas foi o tema da reunião entre o governador Tião Viana e o presidente da Agencia Nacional das Águas (ANA), Vicent Andreu, na tarde desta segunda-feira, 25, na Casa Civil.
O governo do Estado recebeu a primeira parcela do recurso de R$ 3,5 milhões do Programa de Consolidação do Pacto Nacional pela Gestão das Águas, o Progestão, e terá apoio para buscar uma solução definitiva para a vazão das águas do Rio Acre, por meio de estudos e consultorias adequados.
As enchentes anuais – que atingem milhares de famílias, desalojando-as – não são o único problema que afeta a população.
O abastecimento público de água é proveniente do Rio Acre e as vazantes extremas prejudicam esse fluxo. Nas últimas três décadas o problema vem se agravando e todo o período de vazante vem sendo impactado.
O estudo proposto pelo governo do Estado se justifica pela tendência de agravamento do quadro de eventos de grandes cheias seguidas de grandes estiagens, e é necessário encontrar um sistema de engenharia capaz de amenizar os impactos.
O secretário de Meio Ambiente, Edegard de Deus, ressaltou a importância do recurso de R$ 3,5 milhões – que será pago em cinco parcelas – e do estudo de viabilidade para vazão das águas.
“A gestão das nossas águas é algo fundamental, e isso vai nos trazer informações importantes para nos ajudar na formulação das nossas ações. E com o comportamento de cheias e estiagens do Rio Acre, precisamos de um estudo que nos aponte qual a melhor saída a ser adotada”, disse.
O estudo vai apontar qual a solução adequada, do ponto de vista da engenharia, para regularizar a vazão do rio, seja por eclusas, canais artificiais ou barragens, explicou Andreu, presidente da Ana.
“O governo tem se empenhado em realizar esse trabalho e tem a vontade política de colocar a água no centro da gestão. Isso merece o nosso reconhecimento”, comentou.
O governador Tião Viana agradeceu ao apoio da ANA e da presidente Dilma Rousseff e ressaltou que a principal contrapartida do governo será o empenho em fazer a sua parte da melhor forma possível, com qualidade técnica e de gestão. “Já fomos apanhados de surpresa por tragédias ambientais, e a tecnologia pode nos ajudar muito a evitar grandes problemas”, observou.