O trabalho dos vendedores ambulantes é um exemplo de pequeno negócio, porque eles atuam por conta própria, em vias públicas e portando autorização. Essa tem sido a forma como muitas pessoas têm reconstruído sua vida profissional e conseguido arcar com as despesas.
A Secretaria de Estado de Pequenos Negócios (SEPN) está incentivando as iniciativas autônomas, para que mais cidadãos recebam novos equipamentos e trabalhem com mais dignidade. Ontem foi realizada a entrega de dois carros de alumínio para a venda ambulante de salgados e doces em Capixaba.
Previamente, a equipe realizou o diagnóstico dos ambulantes locais. O estudo reuniu informações sobre quantos são e onde estão localizados. A partir dos dados levantados, elegeram-se os profissionais que poderiam ser contemplados pela política pública desenvolvida pela secretaria. “Existem critérios para a escolha dos beneficiários, como não ser aposentado, não possuir carteira assinada e estar inscrito no CAD Único, com o objetivo de realmente atender o público-alvo, que são os que vivem em situação de pobreza”, explica a técnica da SEPN Maria Silvestre.
Francisco Bezerra trabalha vendendo refresco, bananinha e doces, como pirulitos, chicletes e balas. Ele levava seu carrinho de madeira para diversos locais da cidade, a fim de alcançar melhor venda. Sua renda é para sustentar a família, de cinco filhos. E como se enquadra em todos os requisitos dos beneficiários, Francisco foi capacitado no curso de “Boas Práticas e Patrimônio Público” e recebeu seu novo carrinho ontem.
“Estamos avançando no alvo de alcançar 10 mil pequenos negócios e fortalecendo o trabalho em todo o Estado, a fim de combater os 18% de pobreza que foi constatado em pesquisas. Vamos continuar transformando a realidade do Acre, fomentando a geração de renda e autonomia econômica”, afirma o secretário da SEPN, José Carlos Reis.
Maria José Oliveira também foi contemplada. Ela é muito querida no município, porque trabalha há sete anos como ambulante, vendendo salgados em frente a uma escola pública. “Estou muito feliz, porque vendia tudo de forma improvisada. Agora, com o carrinho, é muito bom, porque ele é mais organizado e bonito. Eu tenho gosto de vender os salgados para as crianças”, afirma.
