Alunos do curso agroflorestal estagiam na ZAP da BR-364

Levantamento de dados socioambientais definem a situação da região paralelamente à rodovia e as alternativas para o desenvolvimento

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Estudantes ficam 15 dias em ZAP da BR para realizar diagnóstico dos impactos da obra da rodovia sobre as comunidades (Foto: Assessoria/Sismat)

Alunos do curso de Educação Profissional, com habilitação em Agrofloresta, da Escola da Floresta, participaram de estágio extracurricular na Zona de Atendimento Prioritário da BR-364 (ZAP BR). Durante 15 dias, sob a coordenação de técnicos do Instituto de Terras do Acre (Iteracre), eles aceitaram o desafio de ficar longe dos familiares para produzirem um diagnóstico socioambiental.

O curso de agrofloresta oferecido pelo Governo do Estado, por meio do Instituto Dom Moacyr, aborda técnicas que são aplicadas na recuperação de áreas degradadas e produção sustentável, com a intenção de criar agroecossistemas semelhantes aos ecossistemas originais (floresta nativa). Os 35 estagiários visitaram as propriedades ao longo da BR e conversaram com os produtores, e através do preenchimento de formulário registrou-se a realidade socioambiental local. Essa coleta de dados configura parte das atividades práticas dos alunos e subsidia o início da implementação de ações por parte de outros segmentos, como educação, saúde, infraestrutura, assistência social, lazer e outras.

"Avaliamos junto com os alunos e sem dúvida o modelo sustentável de produção agrícola é o mais adequado para a região. Numa faixa paralela de cinco quilômetros da BR vivem aproximadamente 400 famílias. Assim, os principais usos indicados para eles são os roçados sustentáveis e sistemas agroflorestais, em moldes da agricultura familiar. Outra particularidade daquela região é que um solo de pouca profundidade, argila de atividade alta (gruda e desliza), torna difícil o acesso no período invernoso e complicado o uso de maquinário pesado", explica o engenheiro agrônomo da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Edson Araújo.

As obras de pavimentação da BR-364 ainda não foram concluídas. Devido ao impacto que uma ação dessa proporção gera como desmatamento, especulação de terra, uso inadequado do solo, no trecho compreendido entre Manuel Urbano e Feijó, o Governo optou por priorizar ações que beneficiem as comunidades com serviços básicos, além de questões relacionadas à regularização fundiária e definição de usos agrícolas mais sustentáveis.

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