Alunos de escolas públicas estaduais recebem atendimento oftalmológico em Cruzeiro do Sul

Programa foi criado em 2009 e já atendeu mais de 16 mil alunos (Foto: Onofre de Souza Brito)

Programa foi criado em 2009 e já atendeu mais de 16 mil alunos (Foto: Onofre de Souza Brito)

O Programa Olhar Brasil está de volta ao Vale do Juruá e deverá atender 150 alunos das escolas estaduais com consultas oftalmológicas. No ano passado, cerca de 800 estudantes dos ensinos fundamental, médio e alfabetizandos do MOVA e EJA foram beneficiados com o programa. O Olhar Brasil também doou, na ocasião, mais de 600 óculos no município.

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Segundo Graça Almeida, coordenadora do programa em Cruzeiro do Sul, o processo de doação dos óculos começa na escola, quando a professora detecta algum aluno com dificuldades. É feita então uma triagem dos alunos apontados, e os que precisam são encaminhados ao oftalmologista, que vai indicar a necessidade ou não de óculos. No Acre, o Olhar Brasil atua em conjunto com o programa Saúde na Escola.

O coordenador estadual do Olhar Brasil, Rutênio Sá de Oliveira, explica que, devido à indisponibilidade de oftalmologistas, o programa ainda não chegou aos municípios menos populosos. Mesmo assim, em 2011 foram atendidos em torno de cinco mil alunos em todo o Estado. Ele adianta que, depois de Cruzeiro do Sul, nos próximos dois meses serão atendidos os alunos de Mâncio Lima e Rodrigues Alves. O programa Olhar Brasil existe desde 2009 e até agora já atendeu mais de 16 mil alunos. Na atual jornada, o prazo para entrega dos óculos, após a consulta, foi reduzido para 40 dias – um grande progresso, já que antes a espera durava cerca de 60 dias. Para Rutênio, a maior rapidez visa evitar que os alunos sejam prejudicados em sala de aula.

SEE já fazia atendimento oftalmológico

Graça Almeida conta que antes do surgimento do Olhar Brasil, a SEE já fazia atendimento oftalmológico por conta própria, desde 1999. Ela começou a atuar na função em 2001. No entanto, com o surgimento do Programa Saúde na Escola, em 2008, e o Olhar Brasil, em 2009, pelo governo federal, o atendimento foi potencializado. “Esse programa foi a coisa mais importante que o governo criou para nossa educação. Muitas crianças com problema de visão desistiam da escola ao reprovarem e ficarem atrasadas em relação aos colegas”, lembra.

Seu José da Conceição, que operou a vista pelo Cuidando dos seus Olhos, levou o neto Neemias para consultar (Foto: Onofre de Souza Brito)

José da Conceição, que operou a vista pelo Cuidando dos seus Olhos, levou o neto Neemias para consultar (Foto: Onofre de Souza Brito)

Outra área importante do programa Saúde na Escola é a de saúde bucal. Graça Almeida conta que são oferecidas aos alunos a restauração e a limpeza – extração só em último caso. A equipe do programa vai às escolas, leva pasta e escova para ensinar a escovar e criar o hábito. “O dente podre na boca da criança faz um estrago enorme: dificulta a concentração e o ato de se alimentar e influi no rendimento escolar.” Muitas crianças, segundo Graça, só escovam os dentes na escola.

"Escolhi o mais bonito", diz Jacinta após olhar os modelos e escolher os óculos (Foto: Onofre de Souza Brito)
"Escolhi o mais bonito", diz Jacinta após olhar os modelos e escolher os óculos (Foto: Onofre de Souza Brito)

“Escolhi o mais bonito”, diz Jacinta após olhar os modelos e escolher os óculos (Fotos: Onofre de Souza Brito)

A SEE mantém dois consultórios dentários – um na escola São José e outro na Juscelino Kubitscheck. A secretaria fornece aos alunos o transporte (ida e volta) da escola até o consultório.

O idoso José da Conceição levou o neto Neemias à consulta, pois a professora achou que ele estava sofrendo “das vistas”. Depois do exame, a oftalmologista Cristiana Hatmann decidiu que o pequeno ainda não vai precisar de óculos. José, que tem 87 anos, fez recentemente cirurgia de catarata nos dois olhos através do programa Cuidando dos seus Olhos, do governo do Estado. Ele ficou muito satisfeito com o resultado.

Já Jocicleide da Silva levou a filha Jacinta, que estuda na Escola Maria Lima de Souza, para a consulta. “Jacinta já usava óculos desde os oito anos de idade, o que a ajudou bastante. Antes ela tinha dificuldade principalmente no olho esquerdo, passava por dificuldades no estudo e tinha dor de cabeça”, disse Jacinta, que participou da escolha da armação de seus óculos: “Escolhi uma armação bem bonita”, disse.

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