Aleac realiza sessão solene em alusão ao Dia Nacional de Doação de Órgãos e Tecidos

A manhã de segunda-feira, 23, foi marcada por sessão solene na Assembleia Legislativa do Estado do Acre (Aleac) em alusão ao Dia Nacional de Doação de Órgãos e Tecidos, lembrado tradicionalmente no dia 27 de setembro. A secretária de Estado de Saúde, Mônica Kanaan, representou o Governo do Estado no ato.

Desde 2006, o Ministério da Saúde comemora o Setembro Verde, instituído para incentivar a doação de órgãos e Tecidos no Brasil. No Acre são realizados transplantes de córnea, rim e fígado.

Um doador efetivo pode salvar até nove vidas. Foto: Odair Leal/Sesacre.

De acordo com a coordenadora da Central Estadual de Transplantes, psicóloga Regiane Ferrari, o número de famílias doadoras no Acre ainda é pequeno.

“Hoje estamos aqui para pedir apoio da comunidade e gestores para que possamos dar continuidade nesse trabalho. Temos quase 400 transplantes realizados ao longo desses 13 anos e em breve poderemos também realizar o transplante de pâncreas”, afirmou.

O evento contou com depoimentos emocionados de transplantados e familiares de doadores, como Roberta Lima, doadora convicta desde 2010, e que autorizou a doação de órgãos da mãe, em 2017.

“Sempre planejei doar meus órgãos, mas nunca tinha pensado em doar os órgãos dela. Foi bem difícil. Naquele momento, doar os órgãos da minha mãe era uma forma de suportar a morte dela. Sempre que tenho a oportunidade de falar sobre esse tema eu digo que doar órgãos não é um símbolo de caridade, é doar consolo não só para aquele paciente que está esperando, mas para a família que está envolvida. A morte da minha mãe se tornou sinônimo de vida e recomeço. E para mim isso não tem preço”, relatou Roberta Lima.

Roberta se emociona ao falar da doação de órgãos da mãe. Foto: Odair Leal/ Sesacre.

A secretária Mônica Kanaan ressaltou a importância em realizar o desejo do doador de órgãos e reiterou o comprometimento do Estado na melhoria da Saúde.

“A campanha do Setembro Verde é uma das mais belas. É um ato individual, que, a partir do momento em que a pessoa avisa a família que é um doador, torna-se ato de amor coletivo. Temos obrigação de tratar a doação de órgãos com muito amor. Precisamos lutar para fazer o máximo para captar o órgão de quem desejou, em vida, a doação. Deixo o meu compromisso com cada um que queira ser doador e com quem está à espera de doação. Nosso objetivo é fazer a fila andar, não só em números, mas em qualidade”, afirmou a secretária de Saúde.

Órgãos de pessoas falecidas só podem ser doados mediante autorização da família. Foto: Odair Leal/ Sesacre.

O primeiro transplantado na gestão do governo Gladson Cameli também esteve presente no evento. Francisco das Chagas, 54 anos, recebeu um novo fígado de um doador paraense, em junho deste ano. “Agradeço a todos os profissionais presentes e que me ajudaram durante todo o processo. Agradeço a Deus e ao governador Gladson”, disse.

Francisco foi uma das vidas salvas graças ao ato de amor de uma família paraense. Foto: Odair Leal/ Sesacre.

Também estiveram presentes na sessão solene o presidente da Aleac, deputado Nicolau Júnior; diretor-presidente da Fundação Hospitalar do Estado do Acre, Lauro Melo;  cirurgião da equipe de transplante de fígado, Aluísio Coelho; médica responsável técnica pelo transporte de córnea, Natália Moreno; deputado João das Lima, representando o secretário da Aleac; Vanderli da Silva, presidente da Associação de Pacientes Renais e Transplantados do Acre; e o médico Marcelo Grando, responsável técnico da Central Estadual de Transplantes. A sessão foi conduzida pelo deputado Roberto Duarte.

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