Agroindústria de Tarauacá inicia processamento de açaí nativo

A agroindústria tem capacidade de processar 540 quilos de frutas por dia (Foto: Cedida)
A agroindústria tem capacidade de processar 540 quilos de frutas por dia (Foto: Cedida)

No Acre, o desenvolvimento florestal caminha a passos largos. No início desta semana, a Indústria de Processamento de Polpa de Frutas e Unidade de Empacotamento de Grãos (Agroindústria de Tarauacá) começou o processo de trituramento de açaí nativo. Estima-se que 40 toneladas da fruta sejam processadas em quatro meses – período de safra do fruto.

Inaugurado a menos de um ano, o empreendimento gerou dez empregos diretos e tem capacidade de produzir 540 quilos de frutas processadas por hora. A indústria, que é administrada pela Cooperativa Agroextrativista de Tarauacá (Caet), beneficia 150 famílias de cooperados que residem às margens de rios e igarapés da região.

O negócio atende à necessidade dos extrativistas em comercializar os produtos florestais, é o que explica o presidente da Caet, Adison de Souza: “Esta é a primeira agroindústria construída na nossa região. Aqui o produtor poderá agregar valor ao seu produto. É um incentivo do governo do Estado para que possamos produzir cada vez mais e com mais qualidade”.

Além de atender o consumo interno, a polpa de açaí nativo, em breve, será comercializada em outros centros brasileiros. “Daqui alguns meses estaremos abastecendo a Região Sul e Sudeste do Brasil. Nosso açaí é um produto muito valorizado e nós temos um potencial enorme que ainda não foi explorado”, destacou Sousa.

O empreendimento é fruto de uma parceria entre a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Florestal, da Indústria, do Comércio e dos Serviços Sustentáveis (Sedens) e Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof). Entre equipamentos e obras internas foram investidos R$ 400 mil.

Empacotamento de grãos

A Unidade de Empacotamento de Grãos já embalou mais de 500 quilos de farinha milito – especialidade de Tarauacá que tem feito sucesso em todo o estado. Além de farinha, em breve, o setor vai iniciar o empacotamento de feijão, milho e arroz. O empreendimento aguarda apenas o recebimento das embalagens personalizadas.

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