Agentes desenvolvem estímulo à leitura com famílias de várias comunidades

Coordenadora apresenta material que os agentes utilizam com as 3000 pessoas beneficiadas pelo programa (Foto: Val Fernandes)

Coordenadora apresenta material que os agentes utilizam com as 3000 pessoas beneficiadas pelo programa (Foto: Val Fernandes)

O programa Agentes de Leitura, coordenado pelo Departamento de Livro e Leitura (Dell), da Fundação Elias Mansour (FEM), atende famílias da comunidade acreana e tem como objetivo o desenvolvimento de atividades de estímulo à leitura. São 23 agentes atuando em Rio Branco, Bujari, Plácido de Castro e Epitaciolândia. Ao todo, 575 famílias cadastradas no CAD Único são beneficiadas pelo programa.

A ação é financiada com o aporte do governo federal, por meio do Ministério da Cultura, em parceria com o governo do Estado. Os agentes recebem uma bolsa de R$ 350 por mês e um kit “vários títulos”, além da capacitação por especialistas da Cátedra Unesco de Leitura da PUC-Rio.

A responsável pelo Dell, Helena Carloni, explica o processo de aprendizado nas comunidades: “Os agentes atendem semanalmente famílias do bairro onde moram e atuam por meio da prática de leitura – contação de histórias, escutação, leitura dinâmica e empréstimo de livros –, além de realizarem algumas atividades paralelas em bibliotecas e espaços públicos”.

Com a missão de formar leitores, os agenciadores têm um trabalho sensível adentrando lares e compartilhando dinâmicas familiares, o que contribui para o crescimento intelectual e humano dos envolvidos. A cultura é um direito garantido pela Constituição Federal, e a leitura, um exercício de cidadania.

O programa conta com uma equipe responsável pelo monitoramento e avaliação do programa. A técnica Adinane Ribeiro conta que há uma boa aceitação das famílias.

“Bel Moraes, de Plácido de Castro, é um bom exemplo de aceitação do programa. Pai de três crianças, mesmo não tendo estudado, deseja essa oportunidade aos filhos. Bel conta, orgulhoso, que as crianças preferem os livros à TV e que ficam ansiosas pelo dia de visitas”, disse a técnica.

Com os adultos, trabalhamos a leitura de textos e a escutação, pois muitos têm um grande repertório. Já com as crianças, a leitura é incentivada com os livros, devido à linguagem e às figuras.

O acervo contém uma grande variedade de livros, mas a coordenadora técnica do programa, Tânia Oliveira, diz que o livro preferido tem sido a “História de Chiquinho”, da autoria de Walquiria Raizer, com ilustrações de Ziraldo. “As crianças se identificam com a história naturalmente e logo fixam a mensagem de cuidar das florestas”, conta.

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