Agentes de saúde recebem orientações sobre a nova Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa

O Ministério da Saúde (MS), em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), promove a capacitação dos agentes comunitários das Unidades de Saúde da Família, que estão lotados na região do Centro de Formação Tucumã – bairros Rui Lino, Mocinha Magalhães, Primavera e Universitário de Rio Branco –, para apresentar as inovações na Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa, cuja primeira versão foi lançada em 2007.

A capacitação ocorre nesta sexta-feira, 25, das 15 às 19 horas, na Escola de Música do Acre (Emac). No dia seguinte, 26, a partir das 9 horas, um grupo de 100 pessoas passará por avaliação já no novo formato, sendo que, destes, 60 serão entrevistados, no Centro Dia para Idosos (antiga Fumbesa).

Há três meses, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) divulgou o Atlas de Desenvolvimento Humano, que aponta a queda da mortalidade infantil e a elevação no índice de longevidade. A pesquisa compara os números de 1991 com os que foram obtidos em 2010 e revela que, hoje, o brasileiro pode chegar até os 74 anos.

A expetativa anterior era de, aproximadamente, 64 anos de idade. Isso significa que, no futuro, a população idosa tende a aumentar, e esta constatação motiva os investimentos do governo federal na área, que busca garantir o envelhecimento ativo e saudável da população, com qualidade de vida, assegurado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Envelhecimento no Acre

De acordo com o Data/SUS, atualmente, a população idosa do estado corresponde a 48.614 pessoas. Rio Branco concentra quase metade deste total: 22.413 idosos. A seleção do Acre no processo de capacitação de agentes de saúde e no teste da nova caderneta, foi baseada na experiência do governo do Estado, por meio da Secretaria de Saúde (Sesacre), com a criação de um banco de dados que agrega informações detalhadas e, assim, possibilita conhecer o perfil da comunidade de pessoas com mais de 60 anos de idade.

“O profissional que atende o idoso não pode deixar de solicitar a caderneta, porque é onde consta todo o histórico de saúde do idoso. É uma postura que ajuda numa maior resolutividade na hora do atendimento, que indica se a resposta está na atenção primária [unidades básicas e de saúde da família] ou de média e alta complexidade [hospitais], quando o idoso procura a rede pública”, explica Rossy Ramos, responsável pela Divisão de Saúde do Idoso da Sesacre.

O documento segue a dinâmica do que já é realizado com o cartão da criança, no qual se acompanha a realidade social e o quadro de saúde –  vacinas, consultas médicas, atividades diárias, dietas e outros quesitos –, e pode auxiliar, ainda, na identificação precoce de situações de risco, considerando as informações registradas. Se o modelo atualizado receber o aval da população idosa, será constituída uma consulta pública para a implementação definitiva.

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