Agente penitenciário é preso ao tentar entrar com drogas no presídio

Um dos problemas enfrentados dentro dos presídios é a entrada de celulares e drogas para os presos. Na manhã desta sexta-feira, 25, o agente penitenciário Jarles Alexandre Bezerra de Oliveira foi preso em flagrante tentando entrar com três aparelhos celulares dentro do Complexo Penitenciário Francisco de Oliveira Conde.

O agente foi flagrado durante a revista para a entrada em serviço, procedimento padrão executado todos os dias com todos os servidores. Os celulares, carregadores e fones de ouvido foram escondidos dentro de um pacote de erva utilizada para tereré e identificados a partir da raquete detectora de metais.

O agente foi encaminhado para a Delegacia de Flagrante (Defla), onde deve permanecer até ser encaminhado ao presídio. Ele deverá ser alojado na unidade penitenciária 4, a Papudinha, por ser servidor público. Oliveira vai responder por crime de corrupção passiva, além de processo administrativo e disciplinar no Instituto de Administração Penitenciária (Iapen). Jarles informou que receberia R$ 100 por aparelho transportado.

“A entrada de drogas e celulares acontece em todos os presídios do mundo. A revista é um procedimento de rotina. Temos algumas informações das áreas de inteligência de envolvimento de agentes com os bandidos para levar para dentro das unidades celulares, drogas e chips, e temos aumentado essa fiscalização no acesso das pessoas”, disse o diretor do Iapen, Dirceu Silva.

Dirceu explica, com preocupação, que um celular na mão de um preso é uma arma que ele usa para planejar crimes, mandar matar, e tem o álibi de dizer que está dentro do presídio, e, portanto, não participou do planejamento. “Chega ser bizarro um servidor que está lá para garantir a integridade dos colegas, dos presos, e prestando um serviço tão importante para a sociedade, facilitar isso.”

A corregedoria do Iapen vai abrir procedimento administrativo e disciplinar para apontar as medidas cabíveis ao caso. “É preciso parabenizar os agentes penitenciários que autuaram o flagrante do colega. Não é fácil cortar na própria carne, mas temos que ter compromisso com nosso trabalho, com a vida do próximo e com a sociedade”, comentou.

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