Ações na área de fronteira e índios isolados são temas de encontro

Seminário reúne representantes indígenas, da Comissão Pró-Índio, de governo e da Frente de Proteção Etnoambiental

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Meirelles diz que encontro visa a possibilidade de contar com a participação dos índios no planejamento de futuras ações da Frente (Foto: Angela Peres/Secom)

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FPERE atua na vigilância dos limites de três terras indígenas (Foto: Angela Peres/Secom)

Com a proposta de fortalecer os canais de diálogo entre a Frente de Proteção Etnoambiental Rio Envira (FPERE), Governo do Estado e lideranças indígenas que compartilham terras com grupos isolados está sendo realizado no período de 1 a 3 de dezembro o Seminário Índios Isolados e Dinâmicas Fronteiriças no Acre, com o tema políticas oficiais e agendas futuras para sua proteção.

De acordo com o sertanista da Funai José Carlos Meirelles o encontro visa a possibilidade de contar com a participação dessas comunidades indígenas no planejamento de futuras ações da Frente. “Para escapar da morte grupos de índios isolados do Peru estão se refugiando no lado brasileiro. Isso está ocasionando em um reordenamento territorial”, destacou Meirelles.  

Para o assessor especial para Assuntos Indígenas do Governo do Estado, Francisco Pianko, este é um trabalho de preparação e de planejamento das ações que deverão ser tomadas em um futuro próximo. Ele acredita que o processo de transformação na área de fronteira a partir dos impactos com a exploração de madeira, petróleo e mineração devem ser acompanhado pelas instituições competentes.

“A idéia é reunir todos os que atuam na região pensando ações para proteger e fortalecer num diálogo para as ações sejam mais eficientes”.

lância dos limites de três terras indígenas (Alto Tarauacá, Riozinho do Alto Envira e Kampa e Isolados do Rio Envira) com extensão de 636.384 há. Também faz parte das responsabilidades da Frente o trabalho de monitoramento dos povos isolados, para mapear seus deslocamentos e estimar o aumento populacional das comunidades. Além de articular com instituições públicas dos governos federal e estadual políticas de proteção e de boa convivência com os povos indígenas com os quais os isolados compartilham territórios.