A secretária de Políticas para as Mulheres (SEPMulheres), Concita Maia, a diretora executiva da Secretaria de Meio Ambiente (Sema), Magaly Medeiros, e a Rede Acreana de Mulheres e Homens (RAMH),estiveram reunidas com os grupos majoritários de mulheres, no auditório da Biblioteca da Floresta. A reunião teve como objetivo elaborar propostas que vão compor a Carta da Amazônia Legal que será entreguena Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre desenvolvimento sustentável, no Rio de Janeiro, em junho.
Vários seguimentos de mulheres marcaram presença no evento. Foram empresárias, gestoras, artesãs, margaridas, indígenas, sindicalistas, trabalhadoras rurais que se uniram em um só propósito: incluir a dimensão da autonomia das mulheres e da igualdade de gênero nos debates. Na ocasião foi feita a leitura do primeiro esboço da Carta do Acre e destacados os pontos importantes que serão analisados em conjunto, para uma implementação e discussão das formas de contribuição das mulheres acreanas no documento.
Para a coordenadora geral da RAMH, Joci Aguiar, é de grande importância o envolvimento de mulheres acreanas neste debate de desenvolvimento sustentável. “Hoje as nossas políticas, estão pautadas mais nas questões dos direitos, da equidade e gênero. Além de trabalharmos o empoderamento da mulher, temos que inseri-las nas questões socioambientais, porque é a mulher que está sempre presente junto à família, filhos, então é ela que sente mais as mudanças ambientais, as mudanças climáticas. Promoveremos a protagonismo feminino na Rio + 20”, disse Joci.
“O cenário muda, mas a luta continua. Hoje estamos aqui, movimento social e governo, para darmos a nossa contribuição para um mundo melhor. Não existe desenvolvimento sem o cuidado com os nossos recursos naturais. Por isso, a cara das mulheres do Acre tem que se fazer presente na Rio + 20”, ressaltou a coordenadora da Mulher em Rio Branco, Rose Scalabrin.
Segundo, Concita Maia, este é o momento de nivelar informações e trabalhar a inserção do protagonismo feminino nos debates socioambientalistas. “Nós aqui no Acre, estaremos debatendo enquanto governo, enquanto movimento social, maneiras de inserir nossas mulheres nos projetos e processos de desenvolvimento visando à sustentabilidade. Faremos uma apreciação da Carta da Amazônia Legal, com um olhar feminino e daremos nossa contribuição de acordo com nossas necessidades”, afirmou Concita Maia.
A aprovação das propostas será feita por meio de um acordo entre os grupos de mulheres para depois serem inseridas no Documento do Acre e assim consolidar as ideias junto a Carta da Amazônia Legal.
Carta da Amazônia
A Carta da Amazônia Legal é um documento idealizado por todos os governadores da Amazônia e grupos majoritários reconhecidos pela ONU: Indústria e Negócios; Crianças e Jovens; Produtores Rurais; Povos Indígenas; Governos Locais; ONGs; Comunidade Científica e Tecnológica; Mulheres; Trabalhadores e Sindicatos, presentes no encontro de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Brasileira para a Rio + 20, com propostas de desenvolvimento nas áreas de sustentabilidade.