Ciência e tecnologia não eram dois conceitos muito praticados no Acre por falta de um ambiente propício para esse desenvolvimento, mas esse período faz parte do passado. O Estado vai investir, até o final deste ano, pelo menos R$ 9 milhões em formação superior e pesquisa. Nasceu um novo tempo para o setor. A Fundação de Tecnologia do Acre (Funtac), a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Acre (Fapac) e o Instituto de Mudanças Climáticas (IMC) estão empenhados em transformar, com a ajuda de parcerias como a Universidade Federal do Acre (Ufac) do Instituto Federal do Acre (Ifac), a realidade científica e tecnológica estadual.
O secretário de Ciência e Tecnologia, Marcelo Minghelli, explica que a política estadual de ciência e tecnologia tem três dimensões. A primeira delas é a formação de pessoal, que terá um investimento de R$ 17 milhões: 28 bolsas de pós-doutorado, 114 doutorados para docentes, 15 doutorados, 169 mestrados, além de 440 para iniciação científica.
Hoje o Acre tem cerca de 200 doutores atuantes e 85% deles estão na Universidade Federal. Para o governador Tião Viana, um grande entusiasta com os investimentos na área, a meta inicial é dobrar o número de doutores. “Já temos uma agenda científica e tecnológica no Estado, temos mais de R$ 20 milhões para serem investidos e isso nunca aconteceu em toda a história do Acre”, comentou o governador.
Outra base da política de ciência e tecnologia é a infraestrutura laboratorial, que abriga o Projeto Habitats de Inovação e os laboratórios. “Com estas etapas preparadas, o próximo passo é o investimento no fomento, em parceria com o CNPQ”, explicou Minghelli. O Habitats inclui um bureau de inovação e uma incubadora para empresas de base tecnológica.