Acre terá sistema de monitoramento para prevenção de chuvas e enchentes

Parceria entre governo do Estado e Agência Nacional de Águas vai possibilitar maior controle dos impactos das enchentes na região (Assessoria Sema)

Parceria entre governo do Estado e Agência Nacional de Águas vai possibilitar maior controle dos impactos das enchentes na região (Assessoria Sema)

A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) e parceiros se reuniram nesta quarta-feira, 7, no auditório da Escola Campos Pereira, com a equipe da Agência Nacional de Águas (ANA). A agência veio elaborar um mapa de vulnerabilidade às inundações no Estado, que, por sua vez, será incluído num Atlas de âmbito nacional, cujo objetivo é preparar um diagnóstico dos principais rios do país.

O diagnóstico identificará os trechos inundáveis dos rios, ao mesmo tempo selecionará as áreas críticas para a prevenção, adaptação e controle de inundações, permitindo uma visão integrada e global para o país sobre a ocorrência desses eventos cada vez mais frequentes. Também servirá como um guia confiável para a implementação de políticas públicas preventivas,cujo trabalho feito de forma coordenada entre Estados e a União permitirá a previsão de alagações com certa antecedência, de modo que governos e populações possam se preparar, evitando danos e prejuízos maiores.

O Acre está recebendo da ANA novos equipamentos de medição hidrometereológicas, as chamadas estações telemétricas. Elas têm a função de fornecer dados metereológicos (precipitação, temperatura e umidade do ar) e acompanhar o comportamento do nível dos rios. Os dados coletados serão enviados à central de monitoramento do Imac, ou “sala de situação”, que por sua vez passará a processar esses dados de forma mais rápida e precisa, enviando-os às instituições responsáveis, como a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros.

Estações Telemétricas e Sistema de Monitoramento

As estações telemétricas, posicionadas próximas aos rios, dispensam usuários: possuem sensores de nível e de chuvas que, de hora em hora, enviam sinais via celular para a “sala de situação”, disponibilizando dados precisos sobre o volume dos rios e a influência das chuvas sobre os mesmos. Serão construídas também cinco novas estações que enviarão dados de monitoramento via satélite estacionário, ou seja, fixo (não orbital), que complementarão as informações em tempo real.

O sistema de monitoramento permite, por exemplo, que se detecte a possibilidade de uma enchente com pelo menos dois dias de antecedência, em alguns casos, até com uma semana, havendo tempo suficiente para se preparar e iniciar ações preventivas antes que prejuízos ou tragédias aconteçam. “É um sistema que depende também da localização do evento. Uma cidade como Brasileia, por exemplo, tem uma margem menor para previsão do que uma cidade como Rio Branco, que está na outra ponta do Rio Acre e já vem recebendo dados de monitoramento de uma distância considerável”, explicou Eurides de Oliveira, Superintendente Adjunto de Usos Múltiplos e Eventos Críticos da ANA. Ele garante que “o sistema é muito confiável, além de você poder verificar a ocorrência de uma enchente em certa localidade, será possível prever quantos metros o rio irá subir e qual a vazão que irá possuir”.

O Secretário de Meio Ambiente, Edegard de Deus, acrescentou que “o objetivo do acordo de cooperação técnica realizado entre SEMA e ANA é justamente o de possibilitar o envio de dados em tempo real, de maneira que a população possa saber quando e onde ocorrerão as alagações antes mesmo que elas ocorram”.

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Uma rede com 22 estações metereológicas

Atualmente, a Sema possui 13 estações metereológicas. Elas estão instaladas nos municípios de Assis Brasil, Epitaciolândia, Xapuri, Plácido de Castro, Bujari, Feijó, Tarauacá, Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima, Sena Madureira e Santa Rosa do Purus. A parceria entre Sema e ANA possibilitará a inclusão de mais nove estações, dotadas de transmissor via satélite Góes, que enviarão dados diretamente à “sala de situação”.{/xtypo_rounded2}

Capacitação

Para o prefeito de Xapuri, Ubiracy Vasconcelos, também presente no evento, o trabalho de adaptação é fundamental: “Nossa convivência com os rios precisa ser mais estreita, de modo que possamos compreender seu comportamento para realizar uma urbanização compatível”.

A equipe da ANA também capacitou os técnicos que contribuirão na identificação dos trechos inundáveis. A reunião contou com a participação de representantes da Defesa Civil da capital e interior, Corpo de bombeiros, representantes das prefeituras municipais e de instituições ambientais e de pesquisa.

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