Acre tem previsão de chuvas abaixo da média para o trimestre, aponta Cigma

O Acre enfrentará chuvas abaixo da média nos meses de agosto, setembro e outubro. Essa previsão foi elaborada pelo Centro Integrado de Geoprocessamento Ambiental (Cigma), vinculado à Secretaria do Meio Ambiente e das Políticas Indígenas (Semapi), com base no Boletim Climático de Julho emitido pelo Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam).

Gráfico do Inmet mostra previsão de chuvas para agosto. Foto: Reprodução/Inmet

De acordo com o estudo, o estado enfrentará nos próximos meses uma condição de seca intensa, acompanhada de temperaturas acima da média climatológica. Essa mudança é atribuída ao fenômeno El Niño.

O El Niño provoca alterações nos padrões de circulação atmosférica, ventos, transporte de umidade, temperatura e chuvas, especialmente nas regiões tropicais. Na região Norte, os principais impactos incluem secas moderadas a intensas no norte e leste da Amazônia, além do aumento da probabilidade de incêndios florestais, particularmente em áreas de florestas degradadas.

A secretária do Meio Ambiente e das Políticas Indígenas, Julie Messias, explicou que o Cigma realiza um monitoramento contínuo e tem acompanhado de perto a situação da seca no estado.

Os resultados desses dados consolidados são apresentados no Mapa do Monitor de Secas, coordenado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), com apoio da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme).

“O Monitor é desenvolvido em colaboração com várias instituições estaduais e federais ligadas às áreas de clima e recursos hídricos, que contribuem na produção e validação dos mapas. No Acre, os dados oficiais são gerados pela Semapi, através do Cigma”, afirmou.

A gestora acrescentou ainda que o governo do Acre, por meio da Semapi, do Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac) e de outras entidades ligadas ao meio ambiente, está se preparando para o período de seca. Entre as ações em andamento, foram declarados estado de emergência ambiental, lançada uma campanha contra queimadas e desmatamento, além do estabelecimento da Força-Tarefa pela Proteção Ambiental.

“Mantemos a sala de situação em funcionamento e um monitoramento constante. Os dados qualificados e quantificados pelo Cigma são de extrema importância, pois nos auxiliam na tomada de decisões nesse ambiente integrado e de inteligência operacional, que é a sala de situação”, concluiu.

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