Acre tem 373,8 mil endereços e levantamento ajuda na elaboração de planos de ação do governo

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgou, na última sexta-feira, 14, mais um levantamento que serve para nortear políticas públicas e dar apoio à elaboração de projetos na área de habitação do estado. Os dados fazem parte do Censo 2022: Cadastro Nacional de Endereços para Fins Estatísticos (CNEFE) e mostram que o Acre tem 373,8 mil endereços.

O objetivo é ter um panorama de cada estado, e o apoio principal é com relação aos planos e ações voltados para a mitigação e prevenção de calamidade pública.

O CNEFE busca registrar todos os endereços de unidades construídas ou em construção e traz informações como logradouro, localidade, CEP e número, além de complementos que diferenciam endereços em uma mesma posição no logradouro. Para complementar a localização de endereços, associa-se a esse registro um par de coordenadas geográficas.

De forma inédita, são apresentados também dados agregados por Código de Endereçamento Postal (CEP). Dessa forma, será possível saber quantos endereços, domicílios e estabelecimentos estão vinculados a cada um dos mais de 900 mil CEPs associados a endereços registrados no CNEFE, assim como quantas casas e apartamentos, por exemplo.

Estudo estabelece, ainda, os tipos de logradouros mais comuns no estado acreano. Foto: Pedro Devani/Secom

Os números

De acordo com o levantamento, o Acre tem mais de 112 mil endereços sem número. Além disso, há 4.003 endereços identificados pela quilometragem da via. O estudo estabelece, ainda, os tipos de logradouros mais comuns no estado acreano, sendo a maior parte, 195,7 mil endereços, em ruas; outros 21.667 em avenidas; e mais 8.720 em estradas. Nas travessas, alamedas e fazendas são 35.205, 1.389 e 63 endereços, respectivamente.

O Acre possui, ainda, 13.468 endereços em condomínios. Os dados do CNEFE são utilizados para apoiar a estratégia de atuação de órgãos governamentais e da Defesa Civil durante calamidades. Com informações precisas sobre a localização dos domicílios e estabelecimentos, as três esferas de governo podem realizar um planejamento mais eficiente de infraestruturas públicas, identificando regiões com maior demanda por transporte, escolas, hospitais, coleta de lixo, abastecimento de água e luz, inclusive facilitando a entrega de correspondências.

As informações são extremamente úteis para caracterizar distintos padrões de ocupação, identificando áreas verticalizadas ou com grande número de edificações em construção. Além disso, o CNEFE oferece a outras instituições públicas ou privadas um importante repositório de endereços para amostras de pesquisas domiciliares.

O coordenador da Defesa Civil Estadual, coronel Carlos Batista, disse que esses números embasam diversas políticas públicas e planos de contingência.

“A Defesa Civil trabalha em várias fases, desde a prevenção, mitigação, resposta, assistência e reconstrução desses cenários. Em todas essas fases, essas informações, essas estatísticas são importantíssimas para a tomada de decisão. Os endereços corretos facilitam o nosso deslocamento, principalmente nas inundações, além de termos o levantamento correto das pessoas que moram nessas áreas inundadas. São dados importantes para a tomada de decisão do próprio governo, nos três níveis, no sentido de saber a quantidade de pessoas que precisam de habitações e se retirar dessas áreas de risco. Ou seja, é um conjunto de informações importantíssimas para a tomada de decisão da Defesa Civil em todas as fases”, destaca.

O banco de dados também é usado para o pagamento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
“Quando a gente elabora os planos de contingência para essas áreas inundáveis, a gente tem precisão dos quantitativos, dos endereços, e facilita todo o planejamento de logística para retirar essas pessoas dessas áreas inundáveis, quando ocorre esse tipo de evento”, explica.

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