No dia 13 de maio deste ano, a rotina de 28 famílias que moram no conjunto Manoel Julião, na capital acreana, foi alterada. Uma intensa mobilização do Estado e município de Rio Branco está sendo feita, desde então, para auxiliar as famílias, especialmente as que foram mais impactadas.
Era uma terça-feira, por volta das 14 horas. Alguns retornavam do almoço após uma manhã de trabalho. Outros estavam em casa e presenciaram um fato que mudaria suas vidas.
“Eu estava na parte externa da casa e meus dois filhos dentro. Eu vi tudo. Vi meu teto ruir. Passamos por momentos difíceis, mas graças a Deus estamos bem”, diz Silvia Batista, professora, que morava em frente a casa onde ocorreu a explosão. “Os danos foram móveis, teto, forro, parte elétrica e o carro, também atingido”, pontua.
Os primeiros atendimentos do Estado vieram a partir das ligações ao Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp). A partir desse momento, foram deslocadas as equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e Corpo de Bombeiros.
No local, fizeram uma avaliação da área e atendimento e seguem diversos protocolos. A guarnição se desloca para o cenário e tem uma série de procedimentos. “O comandante do socorro faz análise de quantos carros e pessoas necessitam para dar resposta à situação” descreve o major Santos, que esteve na ocorrência.
Há ainda a comunicação com outros órgãos institucionais, como as polícias Civil (que por meio da Polícia Técnica fez a perícia e analisa as causas do sinistro) e Militar (que isolou a área para evitar a invasão ou acesso de curiosos ou vândalos e manteve a ordem no local).
O Samu realizou o atendimento pré-hospitalar e fez os encaminhamentos para as unidades de saúde, de acordo com o caso. “O que foi possível fazer para minimizar os danos os bombeiros fizeram”, completou o major Santos.
A Secretaria de Assistência Social do Estado e do município fez o acolhimento na hora e depois do acidente. Também foi oferecido apoio psicológico às famílias.
“Quero agradecer ao Corpo de Bombeiros e ao Samu, e pelo o trabalho que tem sido desempenhado por todas as pessoas que têm dado, dentro da medida da lei e da responsabilidade de representar o governo, tudo o que têm se empenhando em favor da gente”, ressaltou Ruth Alencar, que perdeu o marido, com quem era casada há 30 anos, na explosão.
Além das ações do poder público, os movimentos Acre Solidário e Rio Branco Amiga, com o apoio da Central de Articulação das Entidades de Saúde (Cades), iniciaram uma campanha para ajudar as cinco famílias que ficaram desabrigadas a reconstruir suas casas. Uma conta bancária foi aberta especialmente para receber as doações.
“Fica o nosso apelo como estado, que está colaborando com sua estrutura, dentro dos limites jurídicos e financeiros, mais o Acre Solidário, para que todos possam abraçar essa campanha e ajudar as famílias na reconstrução das suas casas”, finalizou Marlúcia Cândida, coordenadora do Acre Solidário.