Acre sedia Encontro de Catadores de Resíduos Sólidos da Amazônia Legal

Produtos obtidos por meio do reaproveitamento de resíduos sólidos (Foto: Assessoria Sema)
Produtos obtidos por meio do reaproveitamento de resíduos sólidos (Foto: Assessoria Sema)

Com o propósito de discutir as ações necessárias à implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, com inclusão dos profissionais da coleta seletiva, o Estado do Acre está sediando a II Encontro de Catadores da Amazônia Legal (Ecal), entre os dias 28 e 29 de outubro, no auditório da Escola Armando Nogueira, em Rio Branco. O objetivo é construir um espaço qualificado de diálogo entre catadores, gestores públicos e apoiadores, de modo a alinhar as ações necessárias à inserção e qualificação desta nova classe profissional na gestão de resíduos sólidos dos municípios.

O Ecal está sendo coordenado pela Cooperativa de Catadores Materiais Recicláveis e Reutilizáveis (Catar) e pela Associação de Trabalhadores em Reciclagem de Resíduos Sólidos do Quinari (Acresoqui) e contou em sua abertura com a representação da Secretaria Geral da Presidência da República, e com a participação das principais instituições ligadas ao meio ambiente, órgãos apoiadores, Ministério Público do Acre, além das presenças da primeira-dama do estado, Marlúcia Cândida e do vice-prefeito de Rio Branco, Márcio Batista. 

Política Nacional de Resíduos Sólidos é discutida em Rio Branco (Foto: Assessoria Sema)
Política Nacional de Resíduos Sólidos é discutida em Rio Branco (Foto: Assessoria Sema)

“Uma vez que o sistema de coleta e reaproveitamento de lixo é um dos serviços públicos mais caros em todo o mundo, a única solução viável é o reaproveitamento econômico inteligente destes recursos, que na prática se dá através da coleta seletiva realizada por pessoas cada vez mais qualificadas e organizadas em associações e cooperativas de reciclagem, trabalhando em sintonia e amparadas por políticas públicas”, afirma o secretário de Estado de Meio Ambiente do Acre, Carlos Edegard de Deus.

Segundo Francisco das Chagas Nascimento, da Secretaria Geral da Presidência, o Ecal é importante por ser uma iniciativa dos catadores enquanto classe trabalhadora organizada, sendo o poder público um convidado no evento.

“Falamos da inclusão social dos catadores, mas o que significa isso, segundo olhar dos próprios catadores? Na Amazônia, ainda não conheço nenhum município que tenha desenvolvido sua coleta seletiva utilizando os catadores de materiais recicláveis como trabalhadores qualificados para esta finalidade”.

Para FagnerAntonioJandrei, da Comissão Nacional do Movimento dos Catadores, o principal interesse é elaborar uma proposta de inclusão sócio-produtiva. 

“Gostaríamos que nossa classe fosse realmente contratada pelas prefeituras para prestar os serviços de limpeza urbana, realizando a coleta seletiva solidária e a compostagem. Em relação ao Estado, entendemos que prestamos um serviço ambiental que precisa ser remunerado através do PSAU – Pagamento por Serviços Ambientais Urbanos, a exemplo do que já é feito com outros segmentos. Defendemos, ainda, que o Governo Federal faça investimentos para nossa qualificação e organização, fortalecendo nossa estrutura produtiva, conclui.

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