Acre se prepara para campanha multivacinação de crianças e adolescentes

Eliane Costa, Sesacre, destacou que reunião com gestores dos municípios traçou estratégias para campanha multivacinação (Foto: Júnior Aguiar)

A campanha de multivacinação para atualização da caderneta de vacinação da criança e do adolescente só começa em setembro, de 11 a 22, mas o Acre já se mobiliza para alcançar bons indicadores de cobertura, especialmente em alguns municípios onde a logística e o difícil acesso prejudicam a ação.

Nesta segunda-feira, 21, equipes que atuam na linha de frente do departamento de vigilância epidemiológica da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) e representantes de todos os municípios do estado participaram de uma reunião para traçar estratégias a fim de melhorar a cobertura vacinal e otimizar a logística dos serviços de saúde.

“O Acre ainda não está abaixo do patamar de cobertura desejado. Apesar de todos os esforços, campanhas e ações que desenvolvemos, nossa cobertura vacinal ainda é baixa. Temos alguns fatores que prejudicam, como o difícil acesso de alguns municípios, e em alguns casos a adesão da própria população. Mas queremos, a partir desse encontro, buscar soluções e traçar estratégias que venham melhorar as coberturas vacinais e assim manter controladas e erradicadas as doenças imunopreveníveis”, destaca Eliane Costa, gerente do Departamento de Vigilância Epidemiológica.

O dia D da mobilização nacional acontece no dia 16 de setembro e o objetivo da campanha é mobilizar os pais ou responsáveis a levarem os filhos para atualizar a caderneta de vacinação. “Ações como essa sempre são positivas e nos norteia como alcançar melhores índices de cobertura.”, ressalta a secretária municipal de saúde, Terezinha Flores, de Epitaciolândia.

MUDANÇAS NO CALENDÁRIO – Em janeiro de 2016, o Ministério da Saúde promoveu alteração no esquema vacinal de quatro vacinas: poliomielite, HPV, meningocócica C (conjugada) e pneumocócica 10 valente.

No caso da pólio, por exemplo, a proteção passou a ser feita com três doses injetáveis (2º, 4º e 6º mês de vida) e dois reforços orais, a “gotinha” (15º mês e aos quatro anos). Antes, ela era feita com duas doses injetáveis e três orais.

Já HPV, agora homens e mulheres, entre 15 e 26 anos, também poderão receber a vacina pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A iniciativa tem como objetivo evitar um possível desperdício de doses que permaneçam nos estoques dos municípios.

Para a faixa etária de 15 a 26 anos, a orientação do Ministério da Saúde é o esquema vacinal com três doses, com intervalo de zero, dois e seis meses.

As pessoas que tomarem a primeira dose neste período, excepcionalmente, terão as duas doses subsequentes garantidas no SUS.

Já a meningocócica agora é dada um pouco mais cedo, dos 12 meses aos quatro anos, e a pneumocócica, em duas doses (2º e 4º mês), com reforço a partir de um ano.

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