Nesta terça-feira, 5, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgou o número de focos de calor registrados em 2015 em todos os estados brasileiro.
De acordo com os dados, o número de queimadas aumentaram em 27,5% no Brasil em relação a 2014. Na Amazônia, Pará, Mato Grosso e Maranhão lideram o ranking, como os estados que mais registraram focos de calor. O Acre está entre os que apresentaram menor número de queimadas, ao lado de Amapá e Roraima.
Os sete estados com maior registro de focos de incêndio representam, aproximadamente, 94% do total de queimadas na Amazônia.
Para a diretora técnica do Instituto de Mudanças Climáticas (IMC), Vera Reis, os dados são positivos, uma vez que tivemos um ano atípico. “Estamos sob o efeito do fenômeno mega El niño, que tem influenciado a elevação da temperatura e diminuído a umidade relativa do ar. Essas são as condições necessárias para haver risco de fogo. Portanto, tivemos um número regular em relação aos demais estados e em relação à nossa média dos últimos dez anos”, explicou.
A expectativa dos órgãos estaduais de monitoramento é de que em 2016 ainda haja grandes efeitos do El niño. Em 2015, Rio Branco registrou a média de 35° graus Celsius de temperatura durante 50 dias consecutivos, sendo este um dos efeitos do fenômeno climático.
Desmatamento zero
Em relação ao desmatamento, o Acre reduziu em 10% sua taxa, em um ano. No fim do ano passado, durante a Conferência do Clima (COP 21), o governo do Estado assumiu o compromisso de desmatamento ilegal zero até 2020.
“Nós mantivemos a média anual de números de focos de incêndio, mesmo sendo um ano atípico. As políticas públicas que o governo fomenta garantem aos pequenos produtores alternativas ao uso do fogo e reaproveitamento de áreas que já estavam degradadas. Além disso, assumimos um compromisso pelo desmatamento zero no Acre”, frisou o secretário de Estado de Meio Ambiente, Edegard de Deus.