Se a morte de uma pessoa em decorrência do novo coronavírus causa comoção, imagina uma explosão de óbitos em único dia, histórias interrompidas abruptamente pela doença, como as 16 vítimas registradas no boletim do dia 23 de junho, pela Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre).
Um luto que passou a ser coletivo entre os acreanos, mas que agora, após 417 vidas perdidas para a Covid-19, eis que surge mais que um fio de esperança, números concretos de que o Acre está no caminho certo, conseguindo avançar de forma positiva na guerra contra a doença.
Levantamento recente da situação epidemiológica do novo coronavírus no Brasil, consolidado a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde, apontam o Acre entre os cinco estados que apresentam tendência de queda no número de óbitos em consequência da Covid-19.
Nesta sexta-feira, 10, o Acre registrou a maior taxa de redução a nível nacional (-44%), conforme indicadores obtidos pelo consórcio de veículos de imprensa que monitoram se a curva de óbitos pelo novo coronavírus no Brasil está aumentando, diminuindo ou em estabilidade. Na quinta-feira, 9, o Acre já havia apresentado uma redução de 35% das mortes.
Para observar a tendência, o número de mortes é apresentado na forma de “média móvel de 7 dias”, que atribui a cada ponto da série de dados uma média entre o número verificado no próprio dia e os números dos seis dias anteriores.
De acordo com dados do Departamento de Vigilância em Saúde da Sesacre, entre a semana epidemiológica 12 (do dia 15 de março ao dia 21 de março) e 21 (do dia 17 de maio até o dia 23 do referido mês), a epidemia estava em fase de aceleração, o que durou exatos 67 dias. A partir da semana 22 (do dia 24 de maio) a confirmação de casos começou a apresentar flutuações, ou seja, a pandemia passou a perder força.
Para o governador Gladson Cameli, a tendência de queda da mortalidade por Covid no Acre reflete no resultado do trabalho que o Governo do Estado tem feito desde o início da pandemia, orientando a população, aumentando o número de testes, leitos e garantindo a infraestrutura necessária para atender os casos graves da doença.
“Agora a responsabilidade está com cada um. Precisamos redobrar os esforços para que a vida comece a voltar ao normal. Não é hora de relaxar, mas de seguir em frente sabendo que o nosso esforço está dando resultado”, disse Cameli, que cumpre agenda no Juruá.